Rodrigo Godá: Fujo dos modismos
Nádia Timm - O que representa este prêmio do Salão da Bahia para você? Rodrigo Godá - Como eu considero esse evento um dos mais importantes do Brasil, sinto que o meu trabalho será mais respeitado. Nádia Timm - Quais foram os trabalhos que enviou? Título, dimensão, técnica. Rodrigo Godá - Foram 3 desenhos em nanquin sobre papel. Nádia Timm - Como se sente, depois de premiado com naif, agora no top da arte contemporânea brasileira? Rodrigo Godá - Uma sensação boa, pois sinto que meu trabalho caminha na linguagem universal, podendo transitar entre todos os circuitos. Nádia Timm - A pintura e o desenho estão conquistando a cena, novamente? Rodrigo Godá - Espero que sim. A fotografia estava na moda, mas como eu fujo dos modismos da arte (salões), não posso falar mais sobre esse assunto. Nádia Timm - A que você atribui sua trajetória brilhante, apesar de residir no interior do Brasil? Rodrigo Godá - Obrigado pelo elogio. Dedicação integral ao trabalho, a bela infância que tive proporcionada pela liberdade que meus pais me deram e o apoio dos amigos. Nádia Timm - Quais são os prós e os contras de trabalhar em Goiânia, fora do eixo Rio-São Paulo? Rodrigo Godá - Bom pela tranqüilidade e por trabalhar perto das minhas raízes. O ruim, pelo fato de Goiânia ter poucos profissionais e instituições competentes na área de artes. Nádia Timm - Quais são as perspectivas, como está sua agenda? Exposições, salões...? Rodrigo Godá - As perspectivas são ótimas, estão surgindo novas propostas de exposição em diferentes estados brasileiros. No momento estou expondo no Museu de Arte Moderna na Bahia (Prêmio) e também uma importante exposição histórica que se chama “Gilberto Chateaubriand” – um século de Arte brasileira que estava na pinacoteca São Paulo e segue itinerância Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador, e uma outra coletiva na Galeria de Murilo Castro em Belo Horizonte. Nádia Timm - Existe mercado de arte em Goiás? Rodrigo Godá - Não, existem poucos profissionais competentes. Nádia Timm - E no Brasil? Como os artistas plásticos sobrevivem? Rodrigo Godá - No Brasil sim, contém grandes mercados em Brasília, Rio, Belo Horizonte, Curitiba e Bahia e para os artistas sobreviverem, eles têm que se inserir nesses mercados. Nádia Timm - E sua produção, alguma novidade? Rodrigo Godá - Meu trabalho está encaminhado para o campo dos desdobramentos. Esse novo ano pretendo experimentar outras dimensões, outros suportes e outros materiais, caminhando para o trimendisional, mas, mantendo o traço e as temáticas. Nádia Timm - O que os críticos dizem sobre seu trabalho que vc acha que tem a ver? Rodrigo Godá - Eles elogiam bastante e em outros comentários sobre meu trabalho que me chama mais atenção quando eles comentam as possibilidades de desdobramentos do meu trabalho. Nádia Timm - E o público? Rodrigo Godá - Meu público maior têm sido as crianças e os adolescentes, eles fazem ótimos comentários e ficam fascinados com a quantidade de informação dos meus trabalhos. A pergunta clássica é quanto tempo eu demoro pra finalizar uma obra. Nádia Timm - O que a arte significa para sua vida? Rodrigo Godá - Uma das formas de entrar em contato com outras dimensões e experimentar grandes felicidades, proporcionadas apenas pela arte. Nádia Timm - Qual sua formação? É autodidata? Quais foram seus principais prêmios? Rodrigo Godá - Autodidata. Os principais são prêmio Museu de Arte moderna da Bahia Prêmio Aquisição (2006), Museu de Arte da Pamulha - BH Prêmio Aquisição Salão XXIII (2000), Prêmio Aquisição Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilloto (2005), mais dois prêmio na Bienal de Piracicaba – SP (1998) e (2004). Rodrigo Godá - Minha infância, desenhos animados, brinquedos artesanais, manifestações populares, máquinas, antigas arquiteturas, boas poesias, bons filmes e uma bela ninfa. Nádia Timm - O que te fascina na arte?
Trajetória de R.GODÁ Exposições:
2007 - “Coleção Gilberto Chateaubriand: Um Século de Arte Brasileira”, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, BA
2006-2007 - “Coleção Gilberto Chateaubriand: Um Século de Arte Brasileira”, Museu Orcar Niemeyer, Curitiba, PR
2006 - Exposição coletiva de Acervo Galeria Murilo Castro – Belo Horizonte, BH - 13º Salão de Arte Moderna da Bahia (Prêmio) Bahia, BA - “R. Godá Invenções: Pinturas e Desenhos”, Fundação Jaime Câmara, Goiânia, GO - “Coleção Gilberto Chateaubriand: Um Século de Arte Brasileira” – Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, RJ - Coletiva de inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Goiânia - Centro Cultural Oscar Niemayer, Goiânia, GO 2005 - Salão Nacional de Arte de Goiás, Goiânia, GO - “R. Godá Invenções e as Ilusórias Máquinas Voadoras Feitas de Sucatas e Vegetais” - Museu de Arte de Goiânia, GO - 33° Salão de Arte Contemporânea Luiz Saciloto ("Prêmio Aquisição") - Santo André, SP 2004 - 11 ° Salão de Arte Moderna da Bahia - Museu de Arte da Bahia, Salvador, BA - I5° Mostra de Arte da Juventude – “Itinerância 2005”, Sesc Ribeirão Preto, SP - Prêmio Celg de Artes Plásticas - Centro de Memória da Celg, Goiânia, GO - Projeto Jovem Colecionador - Galeria Marina Potrich, Goiânia, GO - Bienal de Artes - Sesc Piracicaba, São Paulo, SP 2003 - “Hodiernos”, Galeria da Faculdade de Artes Visuais, UFG, Goiânia GO - I Prêmio Celg de Artes Visuais, Goiânia, GO - Salão Nacional de Artes de Goiás, III Prêmio Flamboyant, Goiânia, GO 2002 - Salão Nacional de Arte de Goiás, Goiânia, GO - "Olhar Multiplicado: a Nova Arte Contemporânea de Goiás”, Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio ECCO, Brasília, DF - O desconforto da forma, "Engenhocas", Itaú Cultural, Campinas, SP - 9° Salão da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, BA 2001 - Programas Rumos Visuais, Itaú Cultural. “Novos Rumos da Arte Contemporânea Brasileira” - Fundação Clóvis Salgado, Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG - Circuito Cultural Banco do Brasil, Fundação Jaime Câmara, Goiânia, GO 2000 - Gesto Gráfico Galeria de Arte, Belo Horizonte, MG - Galeria de Arte da Fundação Cultural de Uberaba, Uberaba, MG 1999 - “Novos Valores em Artes Plásticas”, Fundação Jaime Câmara, Goiânia, GO - “Prima Obra”, FUNARTE, Brasília, DF - Rumos Visuais, Itaú Cultural, São Paulo, SP - Galeria Frei Confaloni, Goiânia, GO 1998 - Festival de Inverno de Ouro Preto, MG 1997 - LBP Galeria de Arte, Goiânia, GO -Museu de Arte Contemporânea, Goiânia, GO Prêmios: 2006 - Prêmio Aquisição, 13º Salão de Arte Moderna da Bahia, BA 2005 - Prêmio Aquisição, XXXIII Salão de Arte Contemporânea Luiz Saciloto, Santo André, SP 2004 - Bienal de Artes (Prêmio Aquisição), Piracicaba, SP
2000 - “O Brasil Amanhã”, XXVI Salão Nacional de Artes de Belo Horizonte (Prêmio Aquisição). Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, BH 1998 - Bienal de Artes (Prêmio Revelação), Piracicaba, SP Obras em Acervos Públicos:
- Sesc Piracicaba, SP - Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, BH - Galeria Virtual Rumos Visuais, Itaú Cultural, São Paulo, SP - Casa do Olhar, Santro André, SP - Galeria da Faculdade de Artes Visuais, UFG, Goiânia, GO - Museu de Arte Contemporânea, Centro Cultural Oscar Niemeyer, Goiânia, GO - Museu de Arte de Goiânia, GO - Centro de Memória da Celg, Goiânia, GO Obras em Coleção Particular: - Coleção Gilberto Chateaubriand (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, RJ
Ilustração em Periódico:
- “A Máquina”, desenho capa, PóS - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Instituto de Ciências Sociais, UnB, Ano VIII, 2004 - “Engenhoca Mágica II”, pintura capa da matéria “Emoção em estado puro”, Revista E, Sesc-SP, n. 04, Ano 11, Outubro de 2004
- Trabalho da série “A Caravana”, ilustração do artigo “O Natal do Palhaço”, de Jorge Lyra, Caderno Magazine, Jornal O Popular. Goiânia, sábado, 25 de dezembro de 2004
Endereço: Rua Moisés Santana, Qd. 21, Lt. 09 - Vila Mauá - Goiânia - GO, 74.323-300 Fone: (62) 9237-4512 / 3287-5584 E-mail: rgoda1980@hotmail.com
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eNT . Revista Eletrônica Nádia Timm . 2006 |