A Queda das Máscaras do Brasil

Máscaras do Brasil-Malandro

 

 

As peças são suportes tridimensionais tratados como pinturas nas quais a força da gestualidade e a delicadeza do olhar experiente se conjugam ao movimento para conquistarem um espaço inusitado.

 

Na apresentação, Bia Medeiros, artista e arte-educadora da UnB, apresenta uma síntese da trajetória de Naura. Do Rio Grande do Sul, onde foi aluna de Iberê Camargo, passando pelo Parque Lage, no Rio de Janeiro, até Brasília, onde Naura Timm reside há quase três décadas.

 

Poeticamente, Naura Timm define seu trabalho: “Tudo é movimento. Queremos galgar degraus,  borboletas aprisionadas. Na tela,  queremos o vôo único. Genes e estrelas nos esperam”.

 

Quanto à instalação A Queda das Máscaras do Brasil, é enfática: “mostra a queda torrencial das máscaras que jorram sem parar, neste apocalipse moral e federal”.

 

Com esta exposição, Naura considera que está completa o que denomina como terceiro ápice do triângulo.  “Esta instalação representa o Brasil - malandro. Anteriormente, já havia abordado plasticamente o Brasil-autoritário e  o   Brasil -místico“, lembra.

 

 

Breve perfil

Naura Timm nasceu no Rio Grande do Sul onde iniciou seus estudos em artes na Universidade Federal de Santa Maria. No Rio de Janeiro, se formou pela Escola Nacional de Belas Artes e se especializou e Litografia no Parque Lage.

A artista está em Brasília desde 1979 e em seu currículo constam premiações e centenas de exposições realizadas no Brasil e no exterior.

 

 

 

Apresentação da exposição A Queda das Máscaras do Brasil

Texto da artista plástica e professora da UnB,  Bia Medeiros

 

Onde se procura o infinito turbilhar de possibilidades do ser humano, tanto em seu corpo como em sua imaginação, tanto em seu desejo quanto em seu pensamento, nos afastamos de nós mesmos e assim podemos melhor nos ver.

Essa distância que nos arranca do cotidiano das bordas de nossos corpos faz sentir o que chamamos de arte.

Nela, encontramos Naura Timm, em toda glória, que se expressa no simples andar ou no jogar os cabelos para os lados; na linha de grafite que solitária revela claros, escuros, meandros e rebentos, ou na profusão de cores e ritmos de suas pinturas que invadem casas.

Muito dizer? Certamente, não.

Conheci Naura quando tinha 17 anos e a via esplendorosa, apaixonada, mas também mãe e batalhadora. Duros caminhos por ela perseguidos durante a ditadura... A liberdade é temida! Naura a possui na vida e na arte.

Braços fortes guardamos por termos carregado pedras juntas na oficina de Litografia na Escola de Artes Visuais, Rio de Janeiro, nos idos anos 70/80.

Depois, Naura veio para Brasília. Anos nos separaram e ao reencontrá-la tão esfuziante e forte, tanto em seu caminhar quanto em seu fazer caminhar linhas e cores sobre inúmeros suportes, foi um prazer. Ter a possibilidade de denunciar a força de seus desenhos é para mim uma honra.

A exposição de Naura Timm no Espaço Piloto da Universidade de Brasília neste ano de 2007 traz o humano na exuberância de seus corpos desencarnados.

Trata-se de uma verdadeira aula de arte: uma lição de vida

desabrochando do suporte.

Serviço

A Queda das Máscaras do Brasil - exposição de Naura Timm. Instalação.

De 26 de março a 28 de abril, na Galeria Mezanino do Espaço Piloto-UnB, Campus Universitário Darcy Ribeiro.

De segunda a sexta ,das 10 às 19h e sábados, de 9 às 13h.

 

 

 

Contatos de Naura Timm:

61  81665701

 www.nauratimm.com.br

 

 


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eNT . Revista Eletrônica Nádia Timm . 2007