Exposições

"Paisagem submersa" [www.paisagemsubmersa.com.br]
Iniciada em 2002, na região do Médio Jequitinhonha, Minas Gerais, a série Paisagem submersa é um work in progress sobre a transferência de 1.151 famílias que moram ou têm terras na área em que está sendo construída a barragem hidrelétrica de Irapé.

 

Pedro David
Eu Levo, 2002/05

Segundo os fotógrafos, o que os move a documentar este deslocamento é a perda definitiva da referência geográfica e afetiva dos habitantes da região e de aspectos da cultura do Vale do Jequitinhonha.

No caso de Paisagem submersa, só o tema das fotos é "documental". Há, sim, registros de valor histórico - memória coletiva, de costumes, tradições e saberes das comunidades, mas o que se vai ver na exposição é a interpretação visual de cada um dos artistas para situações diversas.

As quatro fotos em dois dípticos [80 x 240 cm e 80 x 170cm] de João Castilho, 27 anos, foram feitas ao anoitecer, em um momento "fugaz", como ele diz, e marca a passagem do que termina [o dia] e o que começa [a noite]. Este momento de mudança tem paralelo com o que está acontecendo na vida daquelas pessoas - o êxodo, a inundação. A luz e os campos de cor são determinantes nestas imagens.

Pedro David, 28 anos, mostra um mosaico com nove fotos [60 x 60 cm cada], sob o título "Eu levo", em que ele interpreta o que os moradores "levariam consigo" para a nova morada. As respostas do conjunto em exposição variam entre peças materiais ou lembranças afetivas, imateriais: boa vontade, coisas, portas, saudade, terra, lembrança, couros, rio, amigos. David acentua a presença do personagem e da cor em suas fotografias.

Pedro Motta
s/ título, 2002/05

Pedro Motta, 28 anos, já não usa cor nem a figura humana está presente em seus registros. No tríptico [70 x 230cm] desta mostra, o elemento arquitetônico remete à "ausência" em um cômodo sem gente ou em ruínas de construções; no díptico [70 x 200cm], Motta enfoca dois objetos domésticos decorados, paisagens idílicas, em contraposição ao vazio da terra abandonada e à aridez da área para onde os moradores estão sendo transferidos.

O projeto Paisagem submersa já tem carreira internacional. Participa em fevereiro deste ano da Bienal Internacional de Fotografia e Artes Visuais de Liège, Bélgica, e em 2005 foi mostrado no Noorderlicht Noorderlicht Photofestival, em Groningen, Holanda. No mesmo ano, ganhou o Prêmio Porto Seguro de Fotografia, na categoria Brasil, em São Paulo.


Ana Luisa Dias Batista
Situações com carrinhos, 2005

Exposição de verão - 3ª edição
Também no dia 26 de janeiro, às 19h, na Silvia Cintra, acontece a abertura da Exposição de verão - 3ª edição, com 26 obras inéditas de seis artistas, produzidas especialmente para a mostra, selecionados por Juliana Cintra. São eles:

Ana Luisa Dias Batista [SP] - objeto
Bernardo Pinheiro [RJ] - foto
Laura Belém [BH] - foto
Mariana Lima [SP] - colagem e escultura
Rodrigo Matheus [SP] - desenho
Thula Kawasaki [BH] - escultura


As exposições estão abertas ao público até 24 de fevereiro de 2006, de segunda a sexta, das 10 às 19h, e sábado, das 12 às 16h.
Entrada franca.



Galeria Box 4
Rua Teixeira de Melo 53

Silvia Cintra Galeria de Arte
Rua Teixeira de Melo 53 loja D

 

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eNT . Revista Eletrônica Nádia Timm . 2006