Ordenação de homens casados

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Enquanto no Brasil há 18.685 padres, uma média de um sacerdote para mais de 10 mil habitantes, na Itália, existe um padre para mil habitantes.

A Argentina tem um sacerdote para cada 6,8 mil e a Colômbia, um para cada 5,6 mil. A média do México, o segundo maior país católico do mundo, apesar de superior, é a que mais se aproxima da do Brasil: um sacerdote para cada 9,7 mil habitantes.

A proporção do Brasil fica atrás mesmo quando comparada com a de países que não têm maioria católica, como os Estados Unidos (um padre para 6,35 mil habitantes) e a Alemanha (um padre para cada 4,5 mil).

"Situação dolorosa"

Apesar de a Igreja sofrer com a falta de vocações sacerdotais no maior país católico do mundo, em números absolutos, a quantidade de padres no Brasil tem aumentado nos últimos anos.

Em 2004, de acordo com o Anuário do Vaticano, eram 16.853 sacerdotes. Quatro anos antes, 13.824.

No documento Sacramentum Caritatis, assinado pelo papa Bento 16 e divulgado pelo Vaticano nesta terça-feira, a escassez de padres é considerada "situação dolorosa".

“Isto acontece não só em algumas zonas de primeira evangelização, mas também em muitos países de tradição cristã”, diz o documento.

O papa recomenda que os padres tenham maior disponibilidade para se deslocar à paróquias com problemas de escassez e o envolvimento das famílias, educando e incentivando os filhos à vocação sacerdotal.

Bento 16 sugere também um esforço dos fiéis, para que se desloquem a uma das igrejas da diocese onde está garantida a presença do sacerdote.

Celibato

Para os críticos do celibato clerical, a proibição de casamento dos padres é uma das explicações para a "escassez de padres".

Segundo o especialista em religiões Aldo Natale Terrin, professor de Antropologia e História das Religiões da Universidade Católica de Milão, mais homens se dedicariam ao sacerdócio se tivessem permissão para se casar.

"Enquanto o Vaticano insistir que é possível manter o celibato, o número do clero permanecerá insuficiente", disse Terrini à BBC Brasil.

O vaticanista Marco Politi tem opinião parecida.

"Os bispos discutiram este assunto. Mas não tiveram a coragem de aprovar a ordenação de homens casados de virtude reconhecida, que estariam dispostos a ter a ordem sacerdotal e amenizariam o problema da falta de vocação”, afirma.

 

Fonte: BBC

 

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