Die Welt zu Gast bei Freunden

Uma Alemanha que tem uma história milenar, um povo sofrido que passou por muitas lutas e carências, mas que conseguiu transformar sua realidade e mudar os rumos do país.

Para conseguir chegar a ser o que ela é hoje, muitos fatores contribuíram, mas sem dúvida seu progresso passa pelas universidades centenárias, pela opção por educação (em meados do século XVIII a freqüência escolar já era obrigatória na Prússia) que resultou numa rede escolar pública forte; por um Estado que criou um sistema de responsabilização pela consciência da cidadania.

Passa por investimentos maciços em pesquisa para gerar novos conhecimentos; passa por inúmeros inventos como o automóvel, o mp3, a aspirina, a impressão do livro, o airbag, a TV a cores, o computador, o sistema ABS e, conseqüentemente pelo desenvolvimento, inclusive, de um variado parque industrial, embora fortemente automobilístico.

Pela implantação e manutenção de uma malha viária variada e densa, de modo que a produção tem alternativas várias para circular e escoar.

Somente para se ter uma idéia: 20 por cento transita por via fluvial; outros tantos pela rede ferroviária, além de contar com auto-estradas impecáveis, com diversos portos fluviais, entre eles o maior da Europa, em Hamburg, e por uma dúzia de aeroportos, entre eles o maior do continente europeu em Frankfurt.

Acrescente-se, a isso, uma das companhias aéreas mais seguras do planeta: a Lufthansa que, em grande parte, ainda é estatal.

Seu parque industrial concentra marcas conhecidas no mundo todo que vão muito além das marcas automobilísticas como Mercedes Benz e Porsche em Stuttgart, Audi em Ingoldstadt, BMW em München, Volkswagen em Wolfsburg.

Inclui nomes como Adidas, Puma, Nívea, Krupp, Hoechst, Bayer, Siemens, Basf, Bosch, Stihl e tantas outras. Mas não é somente a indústria que propiciou uma nova Alemanha.

Há inúmeros fatores outros que passam pelas feiras de renome internacional como a Feira de Livros em Frankfurt e a Feira Industrial em Hannover.

Passa pelo turismo que privilegia uma natureza exuberante como o Bodensee/Lago de Constança, também chamado de schwäbisches Meer, o Rhein/Reno, a Zugspitze, o Schwarzwald/Floresta Negra; o turismo cultural constituído pelo legado do passado que coexiste lado a lado com o moderno, seja na arquitetura, nos inúmeros museus e castelos, nos aproximadamente 400 teatros, entre eles o inovador balé de Pina Bausch, no cinema que tem seu festival anual em Berlin, na literatura rica que já produziu uma boa dúzia de Prêmios Nobel e inclui nomes como Heinrich Böll, Günter Grass, Gerhard Hauptmann, Thomas Mann, sem falar dos grandes poetas e pensadores como Goethe, Schiller, Kant, Humbolt, Hegel.

Filmes maravilhosos como Herbstmilch, Jenseits der Stille, Heimat, Adeus Lênin, Uma mulher contra Hitler, ou a música que gerou nomes imortais como Beethoven, Bach e Schubert e continua produzindo música tanto para a razão quanto para o coração, para a emoção.

São inúmeros talentos como Toten Hosen, Pur, Guildo, Nena, Udo Jürgens, Udo Lindenberg, Mathias Rheim, die Prinzen, Konstantin Wecker, Herbert Grönemeyer.

Realizam-se no país 100 festivais de música por ano e existem 140 orquestras profissionais.

É claro que além de tudo isso a Alemanha também tem a cerveja.

Mas ela não é campeã em consumo. Este posto é ocupado pela Republica Tcheca, conforme dados de 1996. Também não é o maior produtor de cerveja: os maiores produtores são os Estados Unidos e a China.

Das doze maiores cervejarias do mundo nenhuma é alemã. As cervejarias alemãs são de médio e pequeno porte. Das 1.600 existentes na Europa, 1.300 ficam em solo alemão. E é aí que a Alemanha é campeã: na cultura da cerveja, isto é, na variedade e na qualidade que segue uma tradição secular e construiu a fama da cerveja alemã no mundo.

Enfim, falar da Alemanha não cabe num texto, nele cabe apenas uma tênue pincelada, o melhor mesmo é visitá-la e ser “hóspede entre amigos”, como o slogan da Copa a propósito apregoa.

*Lissi Bender Azambuja é professora da UNISC e doutoranda em Antropologia Cultural na Universidade Eberhard-Karls, de Tübingen, Alemanha.


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eNT . Revista Eletrônica Nádia Timm . 2006