GOYAZ FESTIVAL
2ª Mostra de Música
Instrumental de Goiânia

A exemplo de Guaramiranga, no interior do Ceará, a capital goiana também aproveita o feriado de carnaval para ser palco de um festival de jazz e música instrumental que reúne alguns dos melhores músicos do País.

Uma verdadeira folia de improvisos, harmonias, dissonâncias, técnicas sofisticadas e, acima de tudo, música de qualidade!

O Goyaz Festival – 2ª Mostra de Música Instrumental será realizado no Teatro Goiânia entre os dias 17 e 20 de fevereiro de 2007, com três apresentações por dia.

O festival é um evento destinado para pessoas que gostam de música instrumental, do jazz à world music.


Entre as atrações deste ano, estão o pianista João Donato, Duofel, Leo Gandelman, GisBranco, SambaJazz Trio, Ricardo Silveira, Libertango, Pife Moderno, Ricardo Leão, Grupo Etnias, Hamilton Pinheiro e Gabriel Grossi e Daniel Santiago.

Uma programação eclética e que prima pela importância artística e pertinência estética e não pelos padrões estabelecidos pela mass-mídia ou pela indústria cultural. (confira mais detalhes sobre as atrações abaixo).


Além dos shows, a edição de 2007 do Goyaz Festival também apresentará novidades em termos de cenografia e iluminação, com novas tecnologias e até mesmo a utilização de vídeos. No hall de entrada do Teatro Goiânia será montado um lounge para proporcionar uma área de convivência do público, com todo conforto e sofisticação.

Para completar, o bar do teatro será transformado num luxuoso café, onde serão servidos aperitivos, vinhos, cervejas e outras bebidas para tornar a noite e os intervalos entre os shows ainda mais agradáveis.


Outro detalhe importante da criação do Goyaz Festival é sua capacidade de incrementar o turismo em Goiânia. Sem uma tradição carnavalesca e grandes atrativos turísticos, a capital goiana, normalmente, fica vazia durante essa época do ano.

A realização do festival tem, portanto, um objetivo de também oferecer uma opção de lazer e cultura tanto aos goianienses quanto às pessoas de fora que queiram visitar a cidade. E os turistas ainda encontrarão mais um incentivo: vários hotéis e bares da cidade estarão com descontos de 50% em seus preços.

É o projeto Goiânia por Inteiro, Preços pela Metade, do qual o Goyaz Festival também faz parte.



Programação

Sábado – 17/02
Duofel
Ricardo Leão
João Donato

Domingo – 18/02
Gisbranco
Grupo Etnias
Leo Gandelman

Segunda – 19/02
Ricardo Silveira
Libertango
SambaJazz Trio

Terça-feira – 20/02
Hamilton Pinheiro
Gabriel Grossi e Daniel Santiago
Pife Muderno

 

Atrações do 2º Goyaz Festival

 

Sábado – 17/02

Duofel
Manter um duo de violões por mais de duas décadas já é por si só um feito notável. Autodidatas, Luiz Bueno e Fernando Melo conheceram-se em 1977, em São Paulo, tocando numa banda de rock progressivo, a Boissucanga.

Luiz tocava guitarra e Fernando era o baixista. Insatisfeitos com a música que faziam, decidiram começar a compor juntos para o formato de um duo de violões. A consciência de que precisavam de mais experiência levou-os a passar o final daquele ano e boa parte de 1978 viajando por Pernambuco, Paraíba e Alagoas para vivenciar ritmos e manifestações folclóricas regionais, como o maracatu, a embolada, o repente e o baião.

Na volta a São Paulo, depararam-se com o 1.º Festival Internacional de Jazz de São Paulo, no Anhembi, quando entraram em contato com feras do gênero, como Dizzy Gillespie e John McLaughlin, sem falar na atração mais comentada do evento: o alagoano Hermeto Pascoal.


O próximo passo foi acompanhar cantores, como Chico de Abreu e Tato Fischer. Este apresentou a dupla à cantora mato-grossense Tetê Espíndola, com quem o Duofel (DuoFErnandoLuiz) manteve uma parceria de sete anos. Em 1987, os dois violonistas lançaram Duofel Disco Mix, seu primeiro disco, em produção independente.


Uma série de shows ao lado de Tetê e Arrigo Barnabé, na Bélgica e na França, em 1989, gerou o convite do produtor Rainer Skibb para a gravação do álbum As Cores do Brasil, lançado no ano seguinte, na Europa.

Uma nova turnê pelo continente europeu, em 1993, aproximou a dupla de outro grande músico: o violonista Sebastião Tapajós. Na volta dessa viagem aconteceu a gravação de Duofel, o terceiro disco, que destacava participação de Oswaldinho do Acordeon e rendeu cinco indicações para o Prêmio Sharp.


Registrada no CD Espelho das Águas - Ao Vivo (Velas, 1994), a parceria com o percussionista indiano Badal Roy também foi muito enriquecedora. Outro parceiro que contribuiu decisivamente para ampliar os limites sonoros do Duofel foi Hermeto Pascoal, responsável pelos arranjos do CD Kids of Brazil (Velas, 1996), vencedor do Prêmio Sharp.


Após bem-sucedidas apresentações em festivais de prestígio, como o Summerstage, em Nova York (EUA), e no Jazz à Vienne, em Lyon ( França), em 1998, a dupla gravou o CD Atenciosamente, Duofel. Lançado pela Trama, em 1999, esse álbum destacou composições de Fernando e Luiz, em homenagem a músicos que marcaram a carreira do Duofel.

No ano seguinte, eles lançaram o CD Duofel 20, gravado ao vivo no Teatro Municipal de São Paulo e com participações de Hermeto Pascoal e Oswaldinho do Acordeon.


Em 2005, Fernando e Luiz criaram sua prórpia estrutura de gravação e distribuição com a Fine Music lançando o CD Precioso, uma homenagem a cidade de Manaus e aos vinte e cinco anos de parceria.

 

Ricardo Leão
Pianista e tecladista, produtor e arranjador, compositor e diretor musical respeitado, o goiano Ricardo Leão, que há 22 anos mora no Rio de Janeiro, é hoje um dos músicos mais atuantes da cena musical brasileira.

Acumula prêmios, colaborações com diversos artistas da MPB e traz a sua assinatura em aproximadamente 150 discos.


Compõe trilhas para TV, teatro e cinema. Atua como produtor musical do programa Sob Nova Direção, da Rede Globo e já lançou 5 discos solo.

Já se apresentou ao lado de grandes nomes da música internacional, como Joe Zawinul, o grupo vocal Take 6, o maestro Quincy Jones, o tenor espanhol José Carreras, e tem estado lado a lado da carreira de artistas como Milton Nascimento, Simone, Martinho da Vila, César Camargo Mariano, Cássia Eller, Emílio Santiago, Moraes Moreira, Orlando Morais, Chico César, entre outros.

Com Zeca Baleiro, ganhou o prêmio SHARP de “melhor produtor pop/rock” pelo disco Por onde andará Stephen Fry?.


Em seu novo disco solo, Idas e Vindas, Ricardo conta sua trajetória artística, através das teclas do piano, desde a Goiânia da infância até as muitas recordações que guarda das viagens pelo Brasil e pelo mundo.

Ricardo Leão constrói um cenário repleto de emoção: na Macambira que homenageia os trabalhadores que construíram sua cidade natal, e na Montreal do primeiro festival internacional que participou.
No show, Ricardo é acompanhado por Zé Canuto (sax e flauta), Bruno Migliari (baixo acústico e elétrico) e Cacá Colón (bateria).

 

João Donato
Um show cheio de surpresas e muito suíngue é o que o público do Goiaz Jazz Festival assistirá no dia 17 de fevereiro. O inesgotável compositor, pianista e arranjador mostrará um João Donato em sua melhor forma, acompanhado pelos músicos habituais Luís Alves (baixo), Robertinho Silva (bateria) e Ricardo Pontes (sax e flauta).


Ainda às voltas com a finalização de três trabalhos, o incansável João Donato, vai mostrar de tudo um pouco neste show. Em outubro gravou seu primeiro trabalho no formato solo, em que desfila os seus ídolos do jazz Stan Kenton, Shorty Rogers e Cole Porter, entre outros.

Em novembro, depois de 40 anos reencontrou-se com o saxofonista americano Bud Shank, com quem aproveitou para gravar um CD e um DVD com clássicos do jazz e músicas de autoria dos dois amigos, que se conheceram na década de 60 nos EUA, quando Donato já era um fã incontestável de Shank.


Este farto repertório, que começará a ser lançado em março de 2007, será antecipado para o público do Goiaz Jazz Festival. Não faltarão, no entanto, os sucessos de Donato, como A Paz, Bananeira, Lugar Comum, Minha Saudade, entre outros como a nova Suco de Maracujá. O público também pode contar com surpresas, porque Donato – apontado como gênio por ninguém menos que Tom Jobim - compõe a todo momento, inclusive quando está se preparando para fazer uma introdução de música no palco.


Nos mais de 60 anos decorridos desde sua primeira composição, na terra natal Rio Branco, Acre, João Donato desenvolveu uma carreira vitoriosa como compositor, assinando parcerias com Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, João Gilberto, Martinho da Vila e com seu irmão, o poeta e escritor Lysias Enio, produzindo sucessos como A Rã, Minha Saudade, Até quem sabe, A Paz, Simples Carinho... que se tornaram hits na voz de famosos intérpretes como Gal Costa, Emílio Santiago, Leila Pinheiro, Maysa, Nara Leão, Nana Caymmi, Joyce, João Bosco e tantos outros.


Aclamado e reconhecido internacionalmente como um dos mais sensíveis músicos e inventivo compositor e pianista, Donato viveu 12 anos nos Estados Unidos, onde pôde conviver com os mais conceituados compositores e intérpretes de jazz das décadas de 50 e 60.

Domingo – 18/02

 

Duo GisBranco
O Duo GisBranco é formado por duas pianistas que trazem em sua trajetória uma afinidade musical rara. Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco unem o interesse por ritmos brasileiros, latinos e jazz à sua sólida e abrangente formação em piano para desenvolver um trabalho inovador.

O processo consiste em explorar ao máximo a sonoridade do piano na fronteira entre a música popular e erudita, construindo um repertório de música instrumental único para dois pianos.


Tendo como origem compositores como Astor Piazzolla, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Heitor Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Edu Lobo e as próprias pianistas, Bianca e Claudia criam em cima de arranjos escritos por elas e pelos próprios compositores, resultando em uma linguagem singular e pessoal.


Natural do Rio de Janeiro, RJ, Bianca é filha de Egberto Gismonti e iniciou seus estudos aos 10 anos no curso de música (CMAA) coordenado pelo professor Antônio Adolfo, no Rio de Janeiro; seguindo, em 1997, o estudo de piano e teoria musical com a professora Sara Cohen.

Em 2001, ingressou no curso de bacharelado em piano na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo como principais orientadores a Prof. Miriam Grosman em piano e o Prof. Rodrigo Cicchelli em composição.


Participou de diversas turnês nacionais e internacionais ao lado de seu pai, incluindo países como Espanha, Cuba, Israel e Dinamarca.

Atua como compositora e pianista ao lado da atriz Leandra Leal no espetáculo teatral Impressões do meu quarto, de sua autoria com Leandra; fez parte do grupo de música contemporânea eletroacústica OFELEX, tendo se apresentado na Bienal de Música Contemporânea Brasileira em 2003. Atualmente integra o Trio Arcano, grupo de música instrumental autoral.


Também carioca, Claudia iniciou seus estudos de piano aos 5 anos. Aos 11 anos ingressou no Curso Técnico em Piano na mesma instituição, onde obteve, em 2003, título de Bacharelado em Piano sob a orientação do Prof. Luis Senise. Atualmente cursa Mestrado em Composição na UniRio.


Ao longo desses anos acumulou diversos prêmios em concursos, sendo vencedora do Concurso Solista ORSEM 2004. Em 2001 cursou um ano de Composição em Ithaca College, Nova Iorque, com bolsa obtida através do concurso IBEU/IIE.


Atuou como pianista em teatro e compositora em cinema, além de participar como dublê e pianista em novelas da Rede Globo. Integra, ao lado de Cláudio Dauelsberg, o PianOrquestra, que lançou seu DVD em 2006 e foi premiado pelo Projeto Rumos Itaú Cultural 2005. Fez parte do grupo de música eletroacúsitica OFELEX, além de participar de Bienais de Música Brasileira Contemporânea como compositora e intérprete.

 

Grupo Etnias
Formado em Goiânia, o Grupo Etnias tem como proposta a mistura de culturas e suas manifestações musicais, sem preocupações com estilos ou definições, onde cada um dos quatro integrantes adiciona livremente suas influências adquiridas em anos de pesquisas individuais.


Djean Cosic é pianista e tecladista nascido na Sérvia, tem em seu currículo apresentações em diversos países europeus, como Áustria, Alemanha e Holanda e participou de vários festivais internacionais de Jazz.


Marcelo Maia é baixista, produtor musical e compositor, atualmente finalizando seu segundo CD solo instrumental que tem como base a música brasileira.

Desenvolve pesquisas cuja temática é a música afro-brasileira. Seu primeiro CD, Cafundó, está sendo distribuído em países como Estados Unidos, Japão e Alemanha.

Já participou de vários festivais de jazz e tem se apresentado em diversos países como Marrocos, México, Alemanha, Nicarágua, Costa Rica, Argentina, Jamaica, Cuba etc.


Edílson Moraes é percussionista, incansável pesquisador das raízes afro-brasileiras e vem se destacando no cenário nacional através de várias apresentações e workshops.


Fred Valle é baterista que está atualmente trabalhando no seu primeiro CD solo que tem como base a mistura de ritmos com a música eletrônica.

Leo Gandelman
Saxofonista, produtor, compositor e arranjador, a música sempre esteve presente na vida de Leo Gandelman. Filho de uma pianista clássica e de um maestro, aos 15 anos já era solista da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Além da sólida formação clássica, estudou no Berklee College of Music, nos Estados Unidos, regressando ao Brasil em 1979 para dar início à carreira profissional.


Desde 1977, Leo vem se dedicando à carreira como saxofonista, e se inspirando principalmente nas influências do Jazz e da MPB para compor suas músicas, sempre com uma clara versatilidade e criatividade.

Estas são marcas registradas que fizeram com que ele fosse eleito durante 15 anos consecutivos pelo concurso Diretas na Música do Jornal do Brasil, o Melhor Instrumentista Brasileiro.

Leo já gravou nove discos, ao longo de sua carreira, tendo vendido mais de 450.000 cópias.


Seu trabalho também foi lançado com grande sucesso nos Estados Unidos, onde Leo desenvolveu uma carreira notável na última década, com direito a seis temporadas de casa cheia no Blue Note, de Nova York.

Lá ele retornou às suas raízes na música clássica, participando como solista - em 2001 - dos concertos da Orquestra Sinfônica Brasileira no Lincoln Center e no Central Park.


Voltando ao Brasil Gandelman também foi solista da Orquestra Sinfônica de Brasília, da Bahia e de Ribeirão preto, interpretando a Fantasia de Villa Lobos para Sax Soprano e Orquestra e o Concertino para Sax Alto, de Radames Gnatalli.

O mesmo repertório o levou à sala São Paulo, onde se apresentou com a OSESP em 2003, sob a regência do maestro John Nashling. Em 2004, Leo Gandelman foi solista convidado da Orquestra Sinfônica de Brasília no concerto da Independência, com um repertório de músicas brasileiras para o presidente Lula e convidados do governo.


Leo Gandelman foi apresentador do programa Momento Jazz, no canal Multishow, da Globosat/Net, que exibe os maiores shows e festivais de jazz do mundo.


Recentemente o saxofonista ganhou o prêmio de melhor trilha sonora nos Festivais de Cinema de Recife e Belém com a trilha do filme Estrela Solitária, sobre a vida de Garrincha. Compor e produzir trilha sonora para cinema é uma das grandes paixões do músico.


Atualmente, Leo Gandelman divulga o novo CD Lounjazz, que produziu e lança pelo seu próprio selo, Saxsamba (com distribuição da Rob Digital). Como o título sugere, o trabalho é uma mistura de lounge e jazz que preserva o elegante jazz e intensifica a presença de um elemento em suas músicas: a sonoridade eletrônica.

Segunda-feira – 19/02

Ricardo Silveira
Ricardo Silveira nasceu no Rio de Janeiro e é musico profissional desde 1976. Já trabalhou com praticamente todo mundo da MPB em gravações ou ao vivo.

Tem dividido seu tempo entre o Brasil e os EUA, onde também participa de gravações e já lançou seis discos.

Guitarrista, toca desde os 15 anos tendo diversas influências ou inspirações. Se interessou pelo jazz aos 17 anos. Com 19, tocou no grupo de Marcio Montarroyos e aos 21 fez parte da banda do flautista Herbie Mann com quem tocaria por dois anos antes de regressar ao Brasil de sua primeira viajem aos EUA que começou com uma passagem pela Berklee.

Ao voltar ao Brasil em 1979, participou da turnê de Elis Regina substituindo Helio Delmiro com quem tocaria em 80 no grupo de Milton Nascimento.


Começou então a trabalhar em gravações e paralelamente lançou Bom de Tocar (1984), a convite de Roberto Menescal na então Polygram.

Na época, fez as vinhetas da radio Globo FM que ficaram no ar 10 anos.
Lançou seu segundo disco no Brasil em 87 e o mesmo foi lançado nos EUA com o nome Long Distance.

Esse foi o primeiro de uma série de quatro discos lançados pela Verve Forecast. Todos estiveram entre os cinco mais executados nas rádios de jazz dos EUA, sendo que Sky Light e Amazon Secrets chegaram ao primeiro lugar.


Seu disco Story Teller, de 1995, da gravadora Kokopelli fundada por Herbie Mann também esteve entre os cinco e músicas desses discos são ouvidas ainda hoje em algumas rádios norte-americanas.


Seu disco mais recente, Noite Clara, lançado no Brasil pela gravadora MP,B será lançado nos EUA pela Adventure Music.

Libertango
Estela Caldi (pianista argentina), Alexandre Caldi (saxofonista, flautista e arranjador) e Marcelo Rodolfo (cantor) decidiram desfrutar e compartilhar, com outros amigos, uma paixão comum: Astor Piazzolla.

Sem se darem conta, surgia, em 1996, no Museu Villa-Lobos, fruto de uma feliz e descompromissada iniciativa, o Astor Piazzolla Trio.


O tempo passou e, em 2002, quando se completaram dez anos da morte deste genial compositor, o grupo, com mais um integrante – o acordeonista e arranjador Marcelo Caldi – e com novo nome – LiberTango – viu renovado o seu desejo de levar adiante o rico patrimônio cultural do artista argentino; uma riqueza expressa não só pelo grande volume de sua produção, como também pelas enormes possibilidades que sua música oferece. Prova disso é a força de seus temas que – como em Villa-Lobos e Gershwin – se mantêm inalterável, nos mais diversos arranjos e transcrições.


O LiberTango vem buscando garimpar, em meio a um grande número de jóias musicais desconhecidas, aquelas com as quais o grupo mais se identifica e que, ao mesmo tempo, tracem um painel o mais amplo possível da obra do compositor. São tangos, milongas, valsas, onde, muitas vezes, toma parte a voz humana. E aí, particularmente, reside uma grande novidade: Piazzolla escreveu um número razoável de partituras onde a voz assume o papel principal. Chegou, inclusive, a escrever o que chamou de “operita”: Maria de Buenos Aires, obra já encenada nos palcos do Theatro Municipal do Rio e de São Paulo.


Mas, no repertório do grupo, além da surpresa revelada em temas vocais como Balada para um loco ou Chiquilín de Bachín (onde Piazzolla divide seu espaço com o letrista Horacio Ferrer), há temas instrumentais conhecidos como Primavera porteña e Adiós Nonino, que convivem em perfeita harmonia com outros não menos arrebatadores: Veinte años después, Años de soledad, Vardarito, Revolucionário.


Abrilhantando ainda mais as apresentações do grupo, desde 2003 o Libertango vem contando com as participações especiais do violinista Nicolas Krassik. E assim, construído o cenário musical, o Libertango considera-se pronto para homenagear o grande Astor Piazzolla e convida a todos com um recado: preparem-se para se emocionar.

Sambajazz Trio
Formado por Kiko Continentino no piano, Luiz Alves no contrabaixo acústico e Clauton "Neguinho"Sales na bateria e trompete, o Sambajazz Trio é um grupo instrumental que toca de tudo, mas em tudo o que toca, estão presentes o swing e a sutileza do samba, a elegância harmônica da bossa e a liberdade jazzística.


Pianista, tecladista e compositor, integrante da banda de Milton Nascimento e seu parceiro em composições, Kiko Continentino é reconhecido por grandes nomes da MPB, atuando também como arranjador e produtor musical.

Também foi convidado a compor o Quarteto Jobim Morelenbaum (substituindo Daniel Jobim), em shows por todo o País e exterior. Além de tocar com Milton Nascimento, Kiko Continentino já trabalhou com alguns dos maiores nomes da música brasileira como Gilberto Gil, Djavan, Fernanda Abreu, Emílio Santiago, Edu Lobo, João Bosco, Claudio Zoli, Ivete Sangalo, Arthur Maia, Pepeu Gomes, Simone Guimarães, entre outros.


O nome de Luiz Alves está sempre associado aos grandes astros da nossa música, já tendo tocado e gravado com: Tom Jobim, Dori Caymmi, Edu Lobo, Carlos Lyra, Leni Andrade, Jonnhy Alf, Gal Costa, Chico Buarque, Toninho Horta, Mauro Senise, Sivuca, Hélio Delmiro e muitos outros.

Essa presença constante é a responsável pelo título de preferido por nove entre dez dos maiores músicos brasileiros. Desenvolveu trabalhos de estúdio, gravando com Paulo Moura e Egberto Gismonti, tendo oportunidade ainda de excursionar por diversas capitais brasileiras.

Em 1970 formou com Milton Nascimento e Wagner Tiso o Som Imaginário. O grupo lançou quatro discos de grande sucesso, trabalho obrigatório na antologia da moderna música popular brasileira.

Na década de 80, juntou-se a Luis Eça (piano) e Robertinho Silva (bateria), formando o Triângulo. Considerado ainda um dos melhores da atualidade (é um mestre do swing no contrabaixo acústico), Luiz vem se desdobrando como baixista do quarteto de Maurício Eihorn e do trio de João Donato (com quem excursionou recentemente pela Europa, Rússia e Japão).


Mais conhecido pelo apelido "Neguinho", o músico Clauton Sales é um fenômeno dos mais raros já vistos na cena instrumental brasileira. Filho de maestro de banda do interior de Pernambuco, Neguinho começou cedo no trompete, e, logo depois, também no trombone.

Com um timbre bonito e aveludado, muita originalidade na forma de tocar, recebeu ainda jovem, um prêmio concedido anualmente para o melhor trombonista do nordeste, no programa de TV de José Castelão.

Mais tarde foi para o Rio de Janeiro e passou a tocar bateria, participando dos grupos de Geraldo Azevedo, Luis Melodia, Gonzaguinha, Tim Maia, Selma Reis, Luizão Maia, Jota Moraes, Nico Assumpção, Leila Pinheiro, entre outros. Entretanto, o trompete não ficou de lado.

Neguinho inovou, criando uma maneira de tocar simultaneamente os dois instrumentos, sem que se percebesse a ausência de qualquer um deles.

O baterista eventualmente "tira da manga"seu trompete, tocando os dois instrumentos com a mesma intensidade, swing e elegância. A mais pura aula de musicalidade, sem nenhuma intenção de impressionar pelo jogo de cena, mas sim emocionar com o resultado musical que se obtém dessa inusitada mistura.


O repertório do SAMBAJAZZ TRIO é formado por clássicos do samba-jazz, bossa-nova, MPB, samba antigo, chôro, standards de jazz, sucessos internacionais, ritmos latinos, além de composições inéditas.

Jobim, Noel, Baden, Pixinguinha, Ary, Donato, Cartola, Caymmi, Djavan, Lupicínio e Jorge Ben estão entre os vários compositores escolhidos, juntamente com temas da própria safra do trio.

Terça-feira – 20/02

Hamilton Pinheiro
Músico natalense radicado em Brasília, Hamilton Pinheiro iniciou seus estudos de Teoria Musical em 1989 na Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte, em Natal.

Em 1995 fez curso de Harmonia Funcional e Improvisação. Em 1997, já em Brasília-DF, ingressou na Escola de Música de Brasília onde concluiu o curso de Baixo Elétrico.


De 1997 a hoje participou de vários Cursos de Verão da Escola de Música de Brasília (com especializações em Baixo Elétrico, Arranjos e Técnicas de Produção de CDs) e do Festival Internacional de Música de Natal (Natal-RN), tendo aulas com Arismar do Espírito Santo, Yuri Popof, André Neiva, Adriano Giffoni, Jeff Andrews, Rodolfo Stroeter, Jorge Hélder, Oswaldo Amorim, Tony Botelho, Leandro Braga e Ian Guest, entre outros.


Músico profissional desde 1990, participou de várias bandas em Natal e em Brasília. Acompanhou o bandolinista Hamilton de Holanda no grupo Dois de Ouro e se apresentou ao lado de Maurício Einhorn, Márcio Bahia, Rosa Passos, Roberto Menescal, Gabriel Grossi, Milena Tibúrcio, Célia Rabelo, Carine Correa, Denise de Oliveira, Luciana Oliveira, Armandinho Macedo, Leonel Laterza, Wilson Bebel, Marcel Baden Powell, Haroldinho Macedo, Eduardo Neves, Carlos Malta, Celso Pixinga e Ivanildo Sax de Ouro, entre outros.

Atualmente é freelancer, atuando também como produtor musical e arranjador. Recentemente lançou seu CD intitulado Altos e Baixos e está realizando shows em várias partes do País.


Como educador exerceu a função de professor de Baixo Elétrico e Prática de Conjunto, na Escola de Música de Brasília, e realiza cursos e workshops pelo Brasil.

Em estúdio atuou em vários trabalhos de artistas em Natal e também exerceu a função de músico, arranjador e técnico de gravação no Megafone Estúdio (Natal). Em Brasília, destaca gravações dos CD’s de Hamilton de Holanda, Leonel Laterza, Gabriel Grossi, Amoy Ribas, Leander Motta, Luciana Oliveira, Célia Rabelo e do grupo Dois de Ouro.

Nestas gravações dividiu faixas com Rosa Passos, Hermeto Pascoal, Lula Galvão, Eduardo Neves e João Donato, entre outros.

Daniel Santiago e Gabriel Grossi
Aos 26 anos, o brasiliense Daniel Santiago é considerado um dos grandes violonistas da nova geração por nomes como Guinga, Toninho Horta e Hermeto Pascoal.

Iniciou sua vida musical aos 8 anos, passando por vários estilos musicais, como choro, rock, jazz e MPB. Fundou ao lado de Hamilton de Holanda e Rogério Caetano, o elogiado Brasília Brasil Trio, com o qual lançou o disco Abre Alas” pela Velas, no ano de 2001.


Há quatro anos Daniel Santiago acompanha Hermeto Pascoal no shows de encerramento do Clube do Choro de Brasília. Foi semi-finalista do prêmio Visa Instrumentistas, ao lado de Rogério Caetano, no ano de 2001.

Tem se apresentado ao lado de artistas brasileiros tais como João Bosco, Hermeto Pascoal, Toninho Horta, Guinga, Ed Motta, Leila Pinheiro, Dominguinhos, Zélia Duncan, Carlos Malta, Rita Ribeiro, Elza Soares, Pagode Jazz Sardinha’s Club, Garrafinha, Choro na feira, Lula Galvão, Yamandú Costa, Arismar do Espírito Santo, Thiago do Espírito Santo, D. Yvonne Lara, Leandro Braga, Nicolas Krassic, entre outros.


Ainda ao lado de Hamilton de Holanda, Daniel fez vários shows em festivais na França, Itália, Espanha e Estados Unidos com aclamada crítica internacional. Tem se apresentado com o instrumentista Carlos Malta há dois anos, com destaque para o projeto Pixinguinha do ano de 2004 no Brasil e 2005 em Paris.


Ao lado de Gabriel Grossi (Gaita), excursionou pela França e Itália, acompanhando a cantora Mariana de Moraes (Neta de Vinicius de Moraes). Foi parte de alguns documentários musicais, entre eles, Quebrando Tudo (Brasil 2003), sobre Hermeto Pascoal, O Prazer de Tocar Juntos (Brasil 2005), sobre a Nova Geração de Músicos de Brasília, Mandolins Attack (França 2004) e Vinicius de Moraes (França 2004).


Atualmente, Daniel Daniel Santiago finaliza seu primeiro álbum solo intitulado A Caminho, como compositor, arranjador e violonista, direção artística de Hamilton de Holanda, com lançamento primeiro nos EUA e posteriormente no Brasil.


Pife Muderno
Quando Carlos Malta criou o Pife Muderno realizou algo que estaria fora da ordem mundial e um som totalmente ligado a arte e a cultura brasileira.

Carlos Malta mostra através de pequenos buracos num bambu como se faz a riqueza de timbres do pife, a flauta rústica que garante a sonoridade marcante das bandas de pife do Brasil.


Uma das maiores expressões no atual cenário musical do planeta, Carlos Malta & Pife Muderno já foram aplaudidos de pé na Sala Cecília Meireles no Rio, no Percpan na Bahia, no New Orleans Jazz and Heritage Festival (E.U.A), Festival de Caracas, Essaouira Gnawa Festival no Marrocos, Rock in Rio 3, na França no Cité de la Musique, no 22º Festival de Jazz et Musiques d’ailleurs d’Amien em Abril de 2003 , no Sabath Tóquio em uma série de 10 shows pelo Japão e no Festival de Fifres de Sta Pierre d”Aurlliac na França em Junho de 2004.

Em Janeiro de 2005, Carlos Malta a convite do SESC Rio de Janeiro, fez arranjos para a apresentação de músicas do filme Eu Tu Eles..
Poliglotas musicais, Carlos Malta e sua trupe formada por Andréa Ernest Dias (flautas), Marcos Suzano (pandeiro), Oscar Bolão (pratos e tarol) e Durval Pereira (zabumba) dão um nó na teoria musical, passando a harmonia para os tambores, onde a zabumba vira piano e o pandeiro vira contrabaixo.


Os ritmos e a temática passam pela tradição e ao mesmo tempo projetam a vanguarda num novo universo sonoro, com recriações de clássicos como Ponteio (Edu Lobo), Açum Preto e Asa Branca (Luis Gonzaga), bem como os originais Tupyzinho, Lá no Suzano e Carááá ....caíííí , ambas composições de Malta.


A sonoridade do Pife Muderno é pra lá de original, onde pifes do Brasil se encontram com flautas da China (di-zi), da Índia e do Japão (shakuhachi), além das grandes flautas baixo e contralto. A cortina harmônica percussiva completa a “voz“ desta banda.

 

 

eNT...

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eNT . Revista Eletrônica Nádia Timm . 2006