Samuel Beckett

Autor de romances, contos, novelas, textos teatrais e radiofônicos, Samuel Beckett - que ganhou o Nobel de Literatura em 1969 – nasceu em 1906 em Foxrock, perto de Dublin.

De família burguesa e protestante, estudou francês e italiano no Trinity College de Dublin, foi professor em Paris, conheceu James Joyce (de quem foi secretário pessoal na juventude), regressou à Irlanda em 1931, passou por Londres e pela Alemanha, voltou a Paris quando explodiu a guerra e fez parte da Resistência.

É no pós-guerra que vive o período mais intenso da sua produção literária, com destaque para Esperando Godot, uma trilogia de romances e quatro novelas (entre as quais Primeiro Amor).

Em seguida, começa a traduzir os seus textos para inglês e volta a escrever também neste idioma.

Constrói uma obra dupla, bilíngue, cada vez mais depurada. Recebeu o Nobel em 1969 e distribuiu o dinheiro entre os amigos.

Morreu em Paris em 1989.

 

Sobre Esperando Godot

Marco no chamado teatro do absurdo, corrente teatral, e relato contundente da falta de esperança na condição humana, Esperando Godot - divisor de águas no teatro do século passado - estreou em Paris (para onde Beckettt auto-exilou-se) em 1953, em uma pequena produção dirigida por Roger Blin.

A obra foi consagrada pela crítica e se transformou em um clássico do século 20.

Montada no mundo todo, Esperando Godot teve sua primeira encenação no Brasil em 1955, dois anos depois da estréia parisiense, pelas mãos de Alfredo Mesquita, com alunos da Escola de Arte Dramática.

A primeira montagem profissional foi dirigida em 1968, por Flávio Rangel, com Walmor Chagas e Cacilda Becker (que sofreu aneurisma no intervalo de uma matinê e morreu semanas depois).

Em seguida, o texto foi montado por Antunes Filho, com elenco formado por Eva Wilma, Lílian Lemmertz, Lélia Abramo, Maria Yuma e Vera Lyma. Em 2003, foi a vez do grupo carioca Armazém Cia. De Teatro apresentar a sua versão de Godot.

Programação Paralela

Ainda em comemoração aos 100 anos de nascimento do autor, o SESC Belenzinho realiza, no dia 9 de fevereiro, quinta-feira, das 20h às 22h, a mesa-redonda "Beckett 100 Anos".

Para discutir a obra do autor que, por ironia e propriedade, abordou sentimentos como o inconformismo, a solidão, o descrédito e a impotência humana, foram convidados importantes nomes da cena teatral brasileira: a pesquisadora e professora aposentada da Universidade de São Paulo, Célia Berrenttini; o tradutor Fábio de Souza Andrade, o diretor de "Esperando Godot", Gabriel Villela e o diretor e pesquisador Marcio Aurélio para mediação.

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eNT . Revista Eletrônica Nádia Timm . 2006