Evento Multidisciplinar

A oportunidade de conhecimento na área de gestão é importante porque, como explica Ângela Ferreira, conselheira artística do Instituto Festival de Dança, coreógrafa e integrante da Comissão de Avaliadores do Curso Superior de Dança do Inep/MEC e coordenadora pedagógica da Universidade Livre da Dança (EAD), atualmente há 28 cursos técnicos e outros 12 superiores de dança, cadastrados no site do MEC - uma área que ainda pode crescer.

Em 2007, o Festival disponibiliza 2.120 vagas para cursos e oficinas, sendo que neste momento apenas 70% da capacidade das turmas foram abertas para inscrição pelo site www.festivaldedanca.com.br.

Os outros 30% serão abertos em junho, após as seletivas. O objetivo é resguardar algumas vagas para que os coreógrafos e alunos/ bailarinos selecionados na Mostra Competitiva, Meia Ponta e Palcos Abertos também tenham a oportunidade de entrar na sala de aula e realizar aperfeiçoamento durante o evento. Esta prática já foi adotada com sucesso pelo Instituto em edições anteriores.

De acordo com a conselheira Ângela Ferreira, o Festival de Dança de Joinville é um evento multidisciplinar, e “tem a importância de disseminar saber, estimular o olhar e o ser olhado, ampliar a visão da arte/dança de cada um, na medida do outro e das novas idéias”.

Ela observa que cursos de sete dias, como os oferecidos no evento, informam e acendem letreiros de portas que os alunos não sabiam que podiam abrir. “É importantíssimo – diz Ângela – para qualquer processo de ensino-aprendizagem, de vez em quando, mudar bruscamente, para a construção de novos parâmetros e reflexão sobre os antigos.”

Programação eclética

Um dos pontos fortes do Festival de Dança de Joinville é a programação eclética de cursos e oficinas. Em “Gestão de Escolas e Academias de Dança”, por exemplo, são quatro os responsáveis pela apresentação da oficina: Valmor Rossetto, Marcos Kahtalian, Vanessa Ishikawa Rasoto e Nancy Malschitzky. Radicados em Curitiba (PR), eles são reconhecidos em todo o país pelo trabalho desenvolvido nas áreas de pesquisa e consultoria.

Outra opção bem concorrida é “Concepção e Produção de Espetáculos”, curso ministrado por um trio de peso no cenário artístico nacional: a diretora e coreógrafa Fernanda Chamma (SP), a especialista em iluminação Deise Calaça (RJ) e a cenógrafa e figurinista Andréa Renck, também do Rio de Janeiro. Na programação, desde trilha sonora e figurino até escala e divisão de elenco e seus personagens.

Na mesma linha de formação para coreógrafos constam, entre as mais procuradas, as ofertas “Didática de Dança para Crianças”, com Cláudia Damásio, e “Orientação Coreográfica para Professores de Crianças”, com Ricardo Scheir.

Formada em Dança pela Universidade de Paris, Cláudia está em Joinville especialmente para ministrar a oficina. Ricardo Scheir, por sua vez, é diretor do Pavilhão D e da Cia. de Dança de São José dos Campos (SP). Em 2000 e 2004 ele recebeu o prêmio de melhor coreógrafo no Festival de Dança de Joinville; além de outros grandes prêmios internacionais. Esta é a primeira vez que ele vem a Joinville como professor.

Clássico é o mais procurado

Um dos pontos observados pela organização do Festival de Dança de Joinville é que o clássico é um dos gêneros mais procurados quando o assunto é aperfeiçoamento. Neste sentido, foram ampliadas as vagas na área de balé, permanecendo as audições.

A um grupo de 12 professores, formado por nomes já consagrados como os de Toshie Kobayashi (SP), o russo Boris Stirojokov (radicado no Rio de Janeiro) e Ady Addor (SP), se junta o professor ucraniano Denys Nevidomyy, que leciona na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (ETTB), em Joinville.

O 25º Festival de Dança de Joinville ainda oferece cursos e oficinas em jazz, dança contemporânea e sapateado, e desperta novos olhares ao enfocar a “Dança Teatro”, com Ana Kfouri, do Rio de Janeiro; as “Danças folclóricas alemãs”, com Marcos Antônio Von Muller Berneck Murara, de Curitiba (PR); “Método de educação musical para dança”, com Lucas Ciavatta (RJ), e ao dar continuidade a uma temática iniciada em 2006 voltada à dança inclusiva.

Quem responde por este trabalho é a carioca Teresa Taquechel, que ministra “Dança e consciência do movimento para portadores ou não de deficiência”.


Seminário


De 26 a 28 de julho entram na programação do Festival os Seminários de Dança, com o tema “História em movimento: biografias e registros em dança”. As histórias da dança no Brasil e do Brasil são dois universos que começam, aos poucos, a se tocar.

Se a dança cênica no país já se desenvolve há muito tempo, sua história, seus registros e sua documentação ainda são bastante jovens. Assim, o seminário nasce como uma iniciativa pioneira na história da dança do Brasil, que se volta a si mesma, para se fazer historiografia. A programação e as inscrições serão divulgadas em maio, pelo site do festival.

O Festival de Dança de Joinville será realizado de 18 a 28 de julho no Centreventos Cau Hansen, no Teatro Juarez Machado e em diversos outros locais da cidade.

No programa, além dos cursos e oficinas, estão as já tradicionais Noite de Abertura e Noite de Gala, Mostra Competitiva, Mostra de Dança Contemporânea, Meia Ponta (para os pequenos alunos/bailarinos), apresentações em Palcos Abertos e a Feira da Sapatilha. A média de participantes é de 4 mil pessoas, e a de público gira em torno dos 200 mil.

Assessoria de Imprensa e relacionamento com a mídia
EDM Logos Comunicação Corporativa
Marlise Groth - Jornalista
marlise@edmlogos.com.br
Telefone: (47) 3433-0666

eNT...

PALCOS E PLATÉIAS / voltar
Menu
 
Fale comigo
Deixe seu contato

Apoio Institucional do Município de Goiânia

eNT . Revista Eletrônica Nádia Timm . 2007