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Monumento tombado

Freqüentemente destruído por vândalos e com poucas placas ainda em pé, o Monumento às Nações Indígenas, de Siron Franco, deve ganhar a guarda do governo estadual

Nádia Timm

Ações de proteção ao Monumento às Nações Indígenas foram tema de uma reunião realizada ontem entre o artista plástico Siron Franco e o presidente da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico (Agepel), Nasr Chaul. Foi definido o tombamento da obra e a proposta apresentada pelo governo estadual consiste em encaminhar ao Ministério da Cultura dois projetos, um pelo Fundo Nacional de Cultura e outro pela Lei Rouanet.

“Acho que desta vez sai”, comemorou o artista. “O monumento, praticamente, terá de ser refeito, não tem uma coluna em pé. Parece que caiu uma bomba lá”, denunciou. Durante o encontro foi apresentado o Projeto Gestão para a Cidadania que prevê a restauração, preservação e manutenção do monumento.

A contrapartida é de aproximadamente R$ 500 mil e o objetivo é prosseguir as reformas, segundo o projeto criado pelo arquiteto Marcelo Ferraz. Na gestão anterior, a partir de 2000, foi realizada a primeira etapa da reforma, orçada em R$ 200 mil.

Nasr Chaul afirma que o maior problema é a área ser particular. “Apresentamos um projeto de sustentabilidade, a partir da realização de oficinas e garantia de policiamento. Já fiz várias gestões junto ao prefeito de Aparecida, neste sentido, mas existem limites, porque não é um espaço tombado, nem público”, disse.

Construída em 1992 por Siron Franco, a obra sintetiza expressões de todas as culturas indígenas do Brasil e está localizada no Jardim Buriti Sereno, na periferia de Aparecida de Goiânia. O monumento é formado por um conjunto de placas de concreto nas quais foram fixadas réplicas de objetos e utensílios das nações indígenas. Vistas de cima, as placas formam o mapa do Brasil.

Desde 1995 são discutidas medidas para preservá-lo. Vários prefeitos e secretários municipais de cultura e até um ministro anunciaram planos para incluí-lo no roteiro cultural e turístico e protegê-lo dos vândalos. Siron já chegou a envolver o trabalho em arame farpado e, revoltado com a depredação, aproveitou a entrevista para mandar um aviso aos vândalos. “O monumento é um espaço sagrado para os índios e eles fizeram rituais no local. Quem fez isso vai ter problemas de saúde”, alertou.