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Mulheres em luta

Praticar boxe ou artes marciais é uma maneira que mulheres em Goiânia encontram para manter a boa forma

Nádia Timm

Socos, chutes, pontapés, cotoveladas... Estes golpes deixaram de ser um mix de técnicas de lutas exclusivas dos homens. Em Goiânia, cresce o número de mulheres adeptas das artes marciais e de outros tipos de luta, como o boxe. As lutadoras garantem que a prática desses esportes proporciona beleza e efeitos positivos na saúde, atuando sobretudo sobre o sistema cardiovascular, a tonificação dos músculos, a coordenação e a agilidade.

Um exemplo que chama atenção para a performance feminina é o bom desempenho, nos Jogos Pan-Americanos de São Domingos, da goiana Juliana Borges, 25 anos, quarta colocada na modalidade luta livre. Juliana é odontóloga e coleciona títulos: tricampeã mundial e pan-americana de jiu-jítsu e pentacampeã brasileira de jiu-jítsu e judô. A lutadora já praticou basquete e ginástica olímpica e ainda se dedica à natação para melhorar o condicionamento físico.

Campeã de jiu-jítsu, a personal training Innes Faleiros luta desde a adolescência. Passou pelo boxe, tae kwon do e pela capoeira, antes de se render aos encantos do “arte suave”. Suave? Sim, este é o significado da palavra jiu-jítsu, luta que surgiu na Índia há mais de 2 mil anos, e uma das razões por que é recomendada para mulheres.

A luta não exige o uso de força, porque emprega sistemas de alavanca e desequilíbrio. Assim, a lutadora aproveita a força e o movimento do adversário para executar seus golpes. Innes aderiu ao jiu-jítsu há sete anos quando começou a namorar Frederico Pimentel, um faixa-preta que trouxe a modalidade para Goiás, no final dos anos 70. Hoje, ela exibe no currículo importantes vitórias: campeã carioca em 1999 e 2000 e no Campeonato Brasileiro de Equipe, em 2001. Para quem pensa que Innes está distante dos interesses considerados, digamos, socialmente mais femininos, é bom frisar que a moça gosta de cozinhar, adora costurar, bordar e também dedica-se à pintura de porcelana e tecidos.