NÁDIA TIMM
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A delicada peça da Matozinho (MTZ) pode ser usada como vestido – nesta combinação com meia soquete da Trifil e sandália plataforma da Paralelo – ou como túnica

Mistura de estilos. Blusa vermelha e faixa/obi japonesas da Jocana, bermuda esportiva de João Queiroz e sapato college da Lumendonça

Dragões na estamparia do vestido original da Contemplo, aqui usado como túnica junto com calça reta e cinto da Jocana

 

Produção: Valéria Lopes e Marcos Queiroz - Modelo: Natália da Agência Click - Cabelos e maquiagem: Evando Filho

 

 

 

A moda que vem do Oriente

Redimensionadas em várias versões, as indumentárias japonesa e chinesa continuam sendo vedetes mesmo na estação fria

Texto: Nádia Timm . Fotos: Valéria Lopes

Delicadeza, elegância, exotismo. Há séculos, o que vem do leste fascina ocidentais. Em pleno inverno 2003, mais uma vez a milenar cultura oriental reina na cena da moda.

O estilo apaixona designers que se rendem ao trabalho artesanal. São mangas quimono, estampas com flores, pássaros, dragões e ideogramas, combinações inusitadas de cores, tecidos com brilho, golas pequenas, obis (cintos), decotes em V, formas trespassadas, ângulos retos no corte de saias e calças...

A tendência presente nas passarelas e revistas especializadas há várias estações, continua ganhando fôlego. A indumentária das gueixas e o universo cultural chinês e japonês são redimensionados em versões esportivas. É o caso da nova coleção de Jean Paul Gaultier que transformou uniformes de academias de ginástica e os recriou "com cara chinesa", lembra o produtor de moda Marcos Queiroz.

"A referência é o oriental tipo "colegial de Saigon", o figurino do filme Dama do Cine Xangai ou aquela lembrança de uma mulher de calça capri, pedalando em sua bicicleta", sintetiza. A leitura contemporânea do estilo reúne as vertentes sexy e elegante, na qual o antigo e o moderno são casados com cuidado e sofisticação.

As peças são justas, mostram a silhueta, valorizam contornos, porém não são coladas ou beiram a vulgaridade. "O estilo fica bem para mulheres em todas as idades. A moda oriental tem também esta característica de ser atemporal, não cai", confirma o especialista. Ele aponta o cetim de seda como o tecido principal e lembra que o tactel com brilho oferece o aspecto de tafetá.

Os cabelos são longos, volumosos ou presos. Na maquiagem, os olhos marcados, e na boca, baton vermelho. Aliás, vermelho é a cor mais forte na palheta refinada. Com a marca registrada sempre zen, a moda oriental rompe as fronteiras do tempo e do espaço. Com jeito funcional e esportivo é alquimia perfeita entre tradição e novidade.