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Abertura das Cavalhadas

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Confronto medieval

Conheça as Cavalhadas - festa popular que revive a luta entre mouros e cristãos, no período das Cruzadas

Nádia Timm

Em Pirenópolis, o ritual carregado de conotações sagradas e profanas chega à sua 184ª edição e fascina centenas de turistas. Outras versões do espetáculo ganham as ruas em Palmeiras de Goiás e Santa Cruz, no final de semana. O evento também é tradicional em Corumbá, Jaraguá, Pilar e São Francisco.

A encenação revive a luta entre mouros e cristãos, no período das Cruzadas, e foi trazida da Europa pelos jesuítas para catequisar índios e negros. Em Goiás, as vertentes são de origem portuguesa e espanhola, o que explica algumas diferenças nos rituais.

Geralmente o enredo é desenvolvido em dois ou três dias e conta com a intensa participação da comunidade, que interpreta os personagens. A festa em Pirenópolis se caracteriza pelos cavaleiros surrealistas. Eles se fantasiam com alegres máscaras de papel maché, cujos chifres multicoloridos dão um toque inusitado. Os cavalos em que montam também são carregados de enfeites.

Na arena, há simulação de confronto. Mouros, vestidos de vermelho, e cristãos, de azul, sob a chefia do Imperador Carlos Magno, desenvolvem coreografias que remetem às lutas medievais. Ao final da luta, o cristianismo sempre vence, e os cavaleiros atiram flores.

As Cavalhadas também fecham a comemorações da Festa do Divino, na qual o imperador é a figura mais importante. A data, segundo a liturgia religiosa, é o Dia de Pentecostes, comemorada desde o tempo do profeta Moisés, na estação das colheitas.

As procissões e outros rituais ligados à heranças culturais como bandas de música, congada e catira transformam as Cavalhadas em um caldeirão de cultura popular. Uma festa que tem seu sotaque goiano.