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MOSTRA DE DRAMATURGIA CONTEMPORÂNEA Após passar por Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Brasília dois espetáculos que integram a Mostra de Dramaturgia Contemporânea - Circuito Centro-oeste, chegam a Goiânia para dois dias em cartaz. Sonho de Núpcias, de Otávio Frias Filho (direção de Maurício Paroni de Castro), e Deve Ser do C o Carnaval em Bonifácio, de Mário Bortolotto (direção de Fauzi Arap), sobem ao palco do Teatro Yguá, do Centro Cultural Martim Cererê nos próximos dias 11, às 20 horas; e 12, às 19 horas - com intervalo de 15 minutos entre eles. A Mostra de Dramaturgia Contemporânea é a consolidação de uma idéia surgida em 2001 sob a coordenação de Renato Borghi e Élcio Nogueira Seixas, com produção da São Paulo ImagemData. O projeto promove a realização de diversos espetáculos que compõem textos de talentosos e jovens autores que foram dirigidos por alguns dos mais importantes diretores teatrais do País. A mostra já recebeu o Prêmio Shell – Categoria Especial. Além disso, por sua atuação nas peças, os atores (Renato, Élcio, Débora e Luah) levaram o APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte – Categoria Prêmio Especial da Crítica. Devido à sua ampla repercussão, o projeto, produzido pela Expressão & Arte Comunicação, estendeu suas apresentações a outros Estados. Com preços populares, o objetivo é levar ao público de algumas regiões brasileiras uma seleção dos espetáculos mais representativos da Mostra numa fusão das edições de 2002 e 2003. Ao todo são nove montagens de textos contemporâneos da dramaturgia brasileira e estrangeira.
Espetáculos "Sonho de Núpcias", do jornalista, autor teatral e ensaísta Otavio Frias Filho, fala da relação homem-mulher numa atmosfera ao mesmo tempo onírica e hiper-realista. Reinaldo e Salete, recém-casados preparam-se para uma prosaica noite de núpcias quando algo terrível e surpreendente ocorre, ameaçando transformar suas vidas. Maurício Paroni de Castro assina a direção, com assistência de Alvise Camozzi, cenários e figurinos de Cyro Del Nero, música original de Cacá Machado e Marcos Azambuja, luz de Alessandra Domingues e Marcos Franja. Alvise Camozzi e Marcos Renaux atuam como atores convidados, ao lado do elenco fixo da Mostra. OTÁVIO FRIAS FILHO “Deve ser do C... o Carnaval em Bonifácio", de Mário Bortolotto, é um texto afetuoso sobre personagens excluídos. "Tento com este texto lançar esse olhar carinhoso sobre personagens que bem poderiam estar em outros textos de minha autoria, entregues à sorte brutal que reservo a quase todos eles. Um pouco de melancolia não poderia faltar", diz o autor. Fauzi Arap assina a direção, com assistência de Nilton Bicudo, cenário e figurinos de Cyro Del Nero, trilha sonora de Túnica, luz de Alessandra Domingues e Marcos Franja. MÁRIO BORTOLLO Ganhou o Prêmio Shell de Melhor Autor de 2000 por "Nossa Vida Não Vale um Chevrolet" e também do prêmio APCA pelo conjunto da obra. Calcula que já tem cerca de 40 textos escritos para teatro. Tem três livros com 19 textos publicados. É diretor do Grupo de Teatro "Cemitério de Automóveis". Renato Borghi Em 93, fundou o Teatro Promíscuo, com Elcio Nogueira Seixas, que entre outros espetáculos, produziu; "Édipo", de Sêneca, sob sua direção, "Senhora do Camarim", também de sua autoria e com direção de Elcio Nogueira Seixas e Cristiane Esteves, "Tio Vânia" e "Jardim das Cerejeiras", de Tchekhov (com Tônia Carrero), direção de Elcio Nogueira Seixas. Renato Borghi, além de ser um dos mais premiados atores do Brasil, é também autor de teatro, seu texto "O Lobo de Ray-Ban", recebeu prêmios em várias categorias, incluindo melhor autor. Borghi tem ainda participações importantes no cinema e TV. . Elcio Nogueira Seixas Já como ator, seu último trabalho antes da Mostra 2002 foi "Barrela", de Plínio Marcos e direção de Sérgio Ferrara. Elcio realizou a "Mostra de Dramaturgia Contemporânea 2002", sendo um dos idealizadores do projeto e atuando em 14 das 15 peças apresentadas. Atualmente encontra-se realizando a segunda edição da "Mostra de Dramaturgia Contemporânea". Na primeira edição, a Mostra reuniu 16 autores e 13 diretores em 15 espetáculos que tiveram por objetivo valorizar e dar visibilidade ao trabalho dos novos dramaturgos brasileiros.
Débora Duboc Foi curadora e participou de 10 das 15 peças da "Mostra Contemporânea de Dramaturgia" apresentada no Teatro do SESI em Maio/Junho de 2002. Com os curadores recebeu o prêmio Shell de 2002 - Categoria Especial e junto com os atores, o APCA 2002 - Categoria Prêmio Especial da Crítica, pela atuação na Mostra. Sempre ligada à pesquisa teatral, recebeu a Bolsa Virtuose do Ministério da Cultura para desenvolver um trabalho sobre a máscara no teatro e no cinema. Atuou nos longas metragens "Através da Janela" de Tata Amaral, "Memórias Póstumas" de André Klotzel e protagonizou "Latitude Zero" e "Cabra Cega" de Toni Venturi, o último em finalização. Em 2000 representou o Brasil no Festival de Berlim com "Memórias Póstumas" e "Latitude Zero" . Por este filme recebeu os prêmios internacionais de Melhor Atriz em Miami e Kiev .
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