Waly Salomão criou conexões entre a alta cultura e aquilo que chamava de "a sabedoria de analfabetos geniais", ou seja, a cultura da rua, das esquinas, dos artistas populares.

Conhece aquela canção Vapor Barato ? É dele. E Mel ? Dele, também. O show e o disco Veneno Antimonotonia , de Cássia Eller, sabe quer produziu? Ele, claro. Estava em todas. Desde a eclosão da Tropicália, nos anos 60.

Hélio Oiticica, o protagonista deste livro, idem. Seu raio de ação estava além dos limites tradicionais das belas artes.

Em Hélio Oiticica – Qual é o Parangolé?,  Waly mergulha no caldeirão artístico de uma geração de artistas plásticos contemporâneos brasileiros. Na fervura, traz à tona as delícias da criação. Revela, brinca, delira e nos transporta nas viagens artísticas que iluminam ainda hoje.

Waly estava junto do amigo. Já quilatava o significado de sua obra. Pesquisas ainda hoje instigantes. Um exemplo – entre muitos – é  o vídeo Cosmococa, criado em 74, que surpreende ainda. Exatamente três décadas depois de criado...

Com a cumplicidade de amigo, Waly acompanhou a intensidade da vida de Hélio Oiticica que viveu sete anos em Nova York e, ao lado de Lygia Clark é considerado uma das referências internacionais da arte brasileira. É um livro é imprescindível para quem gosta de arte.

 

 
nádia timm
R E V I S T A . E L E T R Ô N I C A