Thiago Piccoli da Cunha, 21 anos, é estudante de Geografia, com passagem pelas Ciências Sociais.  

É ele quem conta:

“Moro em Rio Grande, mas vivo em Porto Alegre. Comecei a escrever com 16 anos, quando tive minha primeira banda de Rock. Na época eram "poesias" de protesto e anti-amor, influência direta do Punk nova-iorquino.

Com o tempo, fui conhecendo outras bandas de outros estilos de Rock, que me fizeram a evoluir do anti-amor para o supra-amor, fazendo com que conhecesse também contistas como Júlio Cortázar e Caio Fernando Abreu, minhas fontes diretas.

Comecei a escrever contos com 19 anos, e tenho oito prontos. No cinema, Charles Chaplin. Admiro também o cinema sentimental Italiano e Brasileiro, principalmente Federico Fellini, Roberto Rossellini, Carlos Gerbase e Walter Hugo Khouri.

Na música, viajo entre a gauchada da Graforréia Xilarmônica, até a obra-prima-mor do Rock, Beatles, passando pela Bossa Nova e Nativismo.

Meu site de contos é www.otomatebloide.theblog.com.br

Tenho um conto e uma poesia publicada pela Câmara Brasileira do Jovem Escritor www.camarabrasileira.com .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gravidez na adolescência

Por Thiago Piccoli da Cunha

O firmamento do Capitalismo como modelo econômico hegemônico nos países do ocidente, intervém em diversos campos da cultura e da sociedade desses países. A transformação e a extinção de culturas traz sérios problemas para a identidade e para a história desses povos. Uma vez que uma pequena sociedade deixa de ser matrilinear e passa a ser familiar, corre o risco de se tornar mais um trabalho de estudo de arqueólogos e antropólogos.

Em casos como a gravidez indesejada, abre-se um leque de possibilidades, dentre as quais estão relacionadas ao meio, no caso geral, ou outros aspectos como informação pessoal, necessidade financeira ou afirmação pessoal, entre outras, no caso do capitalismo.

No Brasil, dificilmente encontraremos casos de gravidez indesejada em outro tipo de sociedade que não seja capitalista. Neste país, o sistema capitalista já está alastrado e, inclusive as poucas comunidades indígenas que ainda persistem, estão seriamente enquadradas no sistema, visto que há deslocamento de índios no sentido cidade-aldeia para vender seus objetos, artesanatos e inclusive sua mão-de-obra. Além do deslocamento, nota-se entre as comunidades indígenas o uso de vestimentas e artefatos que foram manufaturados por empresas do sistema capitalista.

Excluindo-se o capitalismo avançado, no caso do meio, podemos observar relatos de gravidez indesejada em todos os estados do Brasil, principalmente na região Norte e Nordeste, onde a influência indígena predomina. Além disso, nessas regiões, o acesso aos meios de saúde e informação são difíceis, e torna-se complicado a prevenção.

Nas regiões onde o capitalismo está mais avançado, como Sul e Sudeste, a gravidez indesejada normalmente está relacionada a acidentes por insistência em não utilizar métodos anticoncepcionais, e, em quase metade dos casos, ela é indesejada, mas com objetivo. Por exemplo, uma família de mendigos que cria filhos com a esperança de que algum consiga um bom emprego, e quando crianças, ajudam a pedir esmola. Mas isso acaba gerando um ciclo, pois esta família vai ter mais crianças para pedir esmola, mas ao mesmo tempo, mais crianças para alimentar. A sua situação econômica continua a mesma ou piora.

Os meios de comunicação ajudam a guiar as famílias quanto aos métodos anticoncepcionais, mas é válido lembrar que, na maioria das vezes, serve também de apoio ao Governo no que diz respeito a controle populacional. Além disso, também é válido lembrar que, em muitos casos, a menina sabe que tem que prevenir, mas não o faz por motivos ridículos, entre eles porque a pílula anticoncepcional engorda e porque sem camisinha dá mais prazer, e ainda porque, talvez, o menino não a queira por ter que fazer sexo com camisinha. Faz parte também da obrigação do menino ser responsável e garantir o sexo seguro.

Na minha opinião, o melhor meio de controlar a gravidez indesejada é com afeto e auxílio dos pais. Muitas vezes a menina passa o dia inteiro em casa e os pais fora e acabam não se falando. Isso ajuda muito a menina amadurecer mais depressa e partir para a vida sexual mais cedo e sem noção do perigo que corre.

 

 
nádia timm
R E V I S T A . E L E T R Ô N I C A