21 de maio de 2005

De olho na inclusão

Andrea Regis

da cidade de Goiás

 

Termina nesse domingo, dia 22, na cidade de Goiás, a segunda edição do Encontro Afro Goiano, que este ano prestigia o tema A Inclusão pelo Empreendedorismo Étnico-Cultural. Realizado pelo Sebrae em Goiás, simultaneamente ao Encontro Nacional de Tambores, o evento que começou na quinta, dia 19, deve reunir até o encerramento cerca de três mil pessoas. Ano passado, na edição de estréia do evento, participaram 500 pessoas. Segundo Gilvane Felipe, superintendente do Sebrae em Goiás, a iniciativa integra as ações do programa Goiás é Bom Demais que, nada mais é, ainda de acordo com ele, uma versão goiana do programa Cara Brasileira, do Sebrae Nacional. "Apenas mudamos o nome, porque concluímos que a palavra cara não era bem aceita entre a comunidade local", explicou Gilvane no sábado, dia 21, durante o evento.

Somente na abertura, na quinta, dia 19, no Teatro São Joaquim, estiveram presentes quase 500 pessoas. Entre elas, participaram representantes de 47 comunidades e movimentos de afro-descendentes do Estado de Goiás, caravanas vindas de outras unidades da Federação e população local.

 

Gilvane Felipe: ousadia na luta contra o preconceito

 

Na mesa de abertura, as seguintes autoridades a compuseram: Ubiratan Castro Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares e na ocasião representando o ministro da Cultura, Gilberto Gil; Gilvane Felipe, superintendente do Sebrae em Goiás; Raquel Teixeira, deputada federal e secretária de Estado da Ciência e Tecnologia; Marcelo Sáfadi, presidente da Agência de Turismo de Goiás (Agtur); Abner de Castro Curado, prefeito da Cidade de Goiás; Regina Célia Damasceno, diretora do Instituto de Artes Veiga Vale; e José Eduardo Pessoa de Andrade, representante da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade e Inclusão Social da Presidência da República.

Sete conferências, 39 oficinas com diversos temas e apresentações artístico-culturais fizeram parte da programação do Encontro Afro Goiano, totalizando 700 horas de atividades. Até o sábado, às 10h40, haviam se inscrito 2.190 pessoas no evento, além de 880 nas oficinas, realizadas em diversos pontos da cidade. Oitenta profissionais do Sebrae formaram a equipe de organização. Entre os convidados, esteve o diretor da organização não-governamental Via Magia, Ruy César Silva.

"Uma vez posto em prática, um evento como esse tem tudo para ser catalisador. O mais surpreendente é o sucesso de uma iniciativa em um Estado que não tem, pelo menos a olhos vistos, tradição na realização de eventos relacionados à cultura afro-brasileira", comentou. A ONG Via Magia é responsável, entre outras empreitadas, pelo Fórum Mundial Cultural - que aconteceu ano passado em São Paulo, com a participação de três mil pessoas, e este ano está agendado para o segundo semestre, no Rio de Janeiro. Aos 25 anos de existência, tem sede em Salvador, Bahia, e escritório em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Além disso, trabalha com 400 escritórios associados, somente na América Latina. "Na Europa são outros 700", informou o diretor.

Ruy César fez questão de destacar seis áreas nas quais os afrodescendentes foram os grandes responsáveis por sua evolução no pais. São elas: Turismo, Arte, Música, Moda, Conhecimento e Experiência. Para provar a premissa, ele contou que a Bahia recebeu, nos últimos tempos, aproximadamente quatro mil empreendedores, de origem afro, vindos dos Estados Unidos. A intenção dos estrangeiros é conhecer as raízes e tradições negras no Brasil, além de fechar negócios. “Há um grande desejo entre os afrodescendentes do mundo inteiro de se encontrarem,  conviverem e fazer negócios”.

Na realização do evento, ao lado do Sebrae em Goiás, estão parceiros como a Fundação Cultural Palmares, MInistério da Cultura, Governo do Estado de Goiás, Agência Goiana de Turismo (Agetur), Agência Goiana de Cultura (Agepel), Escola de Artes Veiga Vale, Fórum de Entidades Empresariais em Goiás, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), prefeitura municipal da cidade de Goiás, Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Católica de Goiás (UCG), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Federação das Entidades Negras do Estado de Goiás, Federação de Umbanda e Candomblé e Grupo de Mulheres Negras Malunga.


 

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