Matéria

31 de janeiro de 2005

Declaração do Puxirum de Artes e Saberes Indígenas



Nós reunidos no Puxirum de Artes e Saberes Indígenas, convocado pela
COICA e Coordenação Andina entre 26 e 31 de Janeiro de 2005, participamos do V Fórum Social Mundial, outro mundo é possível. Nós somos o outro mundo!

Principalmente porque conservamos os valores e sabedoria de um mundo diferente no qual temos uma relação recíproca de equilíbrio com
nossa mãe terra.

Em continuidade a uma etapa de nosso caminhar no processo da
consolidação de nossa unidade no marco dos acordos e declarações, ratificamos a declaração da Segunda Cúpula Continental de Abya Yala realizada em Quito, Equador, em julho de 2004.

Depois de analisar os temas que nos afetam como as invasões de nossos territórios, o saque de nossos recursos naturais renováveis e não
renováveis, o patenteamento de nossos saberes e conhecimentos, o não
cumprimento da legislação e de outras disposições legais nacionais e
internacionais, o impedimento da circulação em nossos territórios nas
fronteiras entre estados nacionais, o genocídio, a contaminação humana
e ambiental, a inexistência de uma política de estado para nós, assim
como as ameaças constantes a nossa integridade física, cultural, política, espiritual, econômica e a cosmovisão.

Pelo exposto, declaramos:

Afirmamos nossos valores e princípios humanos e espirituais como
povos em nossa diversidade e em nossos territórios e, portanto, assumimos o compromisso de consolidar nossa unidade nos níveis locais, regionais e internacionais.

Os governos devem devolver, reconhecer e garantir a segurança
jurídica, política e física de nosso território. Ao mesmo tempo, afirmamos nossa disposição para sua defesa e integridade no controle,
manejo e administração dos recursos existentes segundo nossos sistemas, organizativos, políticos, jurídicos e culturais.

Nossos direitos constitucionais devem ser implementados e a
convenção 169 da OIT, ratificada pelo estados nacionais. O que temos visto é a omissão, retrocesso e o não cumprimento dos governos, o caso do presidente Lula no Brasil, principalmente em relação à regulamentação de nossas terras, como a Raposa Serra do Sol, em Roraima; deter o genocídio e a perseguição que sofremos os povos indígenas como, por exemplo, na Colômbia. Isso demonstra a ausência de políticas indigenistas positivas e o não cumprimento de nossos
direitos.

Os estados devem retirar imediatamente os invasores dos nossos
territórios (transnacionais, igrejas, ONGs, madeireiros, empresas extratoras de mineiros, petroleiras, fazendeiros, colonos, etc.) e
responsabilizamos ao estado pelas conseqüências que aconteçam ao não se cumprir com essa demanda.

Os estados devem dispor não menos de 10% de seu orçamento nacional
diretamente para nós através de nossas organizações representativas.

Os estados devem nos indenizar por todos os danos e prejuízos causados direta ou indireta ao longo do processo de invasão.

Os estados devem garantir o livre acesso de nossos produtos a todos os
mercado dos países.


Os estados têm que reconhecer nossos sistemas jurídicos próprios e
garantir a aplicação das leis nacionais concebidas para a proteção e exercício de nossos direitos.

Os estados devem por em liberdade imediata todos os irmãos e irmãs
presos por defender nossos direitos e reprovamos as falsas justificativas
incriminatórias ao acusá-los de terrorismo, especialmente no caso do
Chile.

Território do Puxurum de Artes e Saberes Indígenas, 30 de Janeiro de
2005.


Esta declaração está constituída por anexos apresentados no presente
evento:

- Reivindicação do povo Charrua ressurgente,

- O clamor dos Guarani Kaioá e Terena do Mato groso do Sul,

- Moção de apoio à demarcação da terra indígena Borboleta,

- Propostas do povo Xocleng,

- Reivindicações dos estudantes universitários indígenas.


DECLARACIÓN DEL PUXIRUM DE ARTES Y SABERES INDÍGENAS

Nosotros reunidos en el Puxirum de Artes y Saberes Indígenas
convocado por COICA y Coordinadora Andina entre el 26 y 31 de Enero de 2005, participamosen el V Foro Social Mundial, otro mundo es posible. Nosotros somos el otro mundo!
Principalmente porque conservamos los valores y sabiduría de un mundo diferente donde poseemos una relación recíproca de equilibrio connuestra madre tierra.

En continuidad a una etapa de nuestro caminar en el proceso de
consolidaciónde nuestra unidad en el marco de los acuerdos y declaraciones,ratificamosla declaración de la Segunda Cumbre Continental de Abya Yalarealizada en Quito, Ecuador en Julio de 2004.

Después de analizar los temas que nos afectan, como son las invasiones denuestros territorios, el saqueo de los recursos naturales renovables
y no renovables, el patentamiento de nuestros saberes y conocimientos, el incumplimiento de la legislación y otras disposiciones legales
nacionales e internacionales, el impedimento de la libre circulación en nuestros territorios, en las fronteras entre estados nacionales, el genocidio, la contaminación humana y ambiental, la inexistencia de una política de estado hacia nosotros, así como las amenazas constantes a nuestra integridad física, cultural, política, espiritual, económica y la cosmovisión.


Por lo expuesto, declaramos:


Afirmamos nuestros valores y principios humanos y espirituales como
pueblosen nuestra diversidad y en nuestros territorios y por lo tanto
asumimos elcompromiso de consolidar nuestra unidad en los niveles locales,regionales einternacionales.

Los gobiernos deben devolver, reconocer y garantizar la seguridad
jurídica,política y física de nuestro territorio. Al mismo tiempo afirmamos
nuestradisposición para su defensa e integridad en el control, manejo y
administración de los recursos existentes según nuestros sistemas
organizativos, políticos, jurídicos y culturales.

Nuestros derechos constitucionales deben ser implementados y el
convenio 169 de la OIT, ratificado por los estados nacionales.

Lo que hemos visto es la omisión, retroceso e incumplimiento de los
gobiernos, el caso del presidente Lula en Brasil, principalmente en
cuanto a regularización de nuestras tierras, como la Raposa Serra do Sol en Roraima; detener el etnocidio y persecución que sufrimos los pueblos
indígenas como por ejemplo en Colombia. Esto demuestra la ausencia de politicas indigenistas positivas y el incumplimiento de nuestros derechos.

Los estados deben retirar de manera inmediata los invasores de
nuestros territorios (transnacionales, iglesias, ONGs, madereras, empresas extractorasde minerales, petroleras, ganaderos, colonos, etc) y responsabilizamos a losestados por las consecuencias que puedan ocurrir al no cumplirse con esta demanda.

Los estados deben disponer de al menos un 10% de su presupuesto
nacional directamente hacia nosotros a través de nuestras
organizaciones representativas.

Los estados deben indemnizarnos por todos los danos y perjuicios
causados directa o indirecta al lo largo del proceso de invasión.


Los estados deben garantizar el libre acceso de nuestros productos a
todos los mercados de los países.

Los estados tienen que reconocer nuestros sistemas jurídicos propios y garantizar la aplicación de las leyes nacionales concebidas para la
protección y ejercicio de nuestros derechos.

Los estados deben poner en libertad inmediata a todos los hermanos y
hermanas encarcelados por defender nuestros derechos y rechazamos las falsas justificaciones incriminatorias al acusarlos de terrorismo,
especialmente en el caso de Chile.


Territorio del Puxirum de Artes y Saberes Indígenas, 30 de Enero de
2005.

Esta declaración está constituída por anexos presentados en el
presente
evento:


– Reivindicación del pueblo Charrua resurgente;

– El clamor de los Guarani Kaiowá e Terena do Matro Grosso do Sul;

– Moción de apoyo a la demarcación de la tierra indígena Borboleta

– Propuestas del pueblo Xokleng,

– Reivindicaciones de los estudiantes universitarios indígenas.

 

Nádia Timm Web Site . Todos os Direitos Reservados - 2005

 

 

Mundo Melhor Isto é Brasil Jiu-Jítsu Blog
Espaço Livre Livros Chat
  Mundo Melhor Novidades Fofocas
Contato I Expediente I Capa Crônicas e Versos Fotolog Edições anteriores
Leia também
16 de janeiro de 2005
O que é Creative Commons
........................................
 
Google
\n
 
Fale comigo