Sabor do sucesso

Márcia Pinchemel concebeu o Festival Gastronômico e Cultural de Pirenópolis embalada pela ousadia, banhos de cachoeira e vontade de realizar.

Nesta entrevista, ela conta como tudo começou. Também dimensiona a segunda edição do evento que se transformou em laboratório de pesquisa para chefs de várias regiões.

NT. Qual o prazer de realizar um festival gastronômico?

Márcia Pinchemel - É imenso. Primeiro é a realização pessoal, DEU CERTO. Nunca imaginei que o Festival fosse “pegar” tão rápido. E o mais bacana que acho é pensar no social também.

Trouxemos a Chef Emiliana Azambuja com estagiários da Faculdade Cambury e estamos requalificando a mão de obra local, oferecemos cursos para garçons, curso noções básicas de sommelier, todos restaurantes oficiais incorporaram e estão melhorando suas estruturas físicas, todo mundo preocupado em oferecer o melhor para os turistas. Isto mostra o perfil gastronômico da cidade.

NT.Como surgiu a idéia?

Márcia Pinchemel - Primeiro, sou muito ansiosa, gosto de inovar, criar. Quando abri meu restaurante e vim morar aqui, me imaginei meio “light”. Vou pra cachoeira todo dia, bater papo, fazer compras e trabalhar mas na certeza de conversar com gente de todo mundo. Não ter rotina.

Mas... Comecei a ficar agoniada, precisava fazer mais! No sexto mês já idealizei o Festival e virei uma sarna “baiana”, não sabia por onde começar, mas queria fazer de qualquer jeito porque acreditava no projeto! Ai... está o resultado!

NT. E o potencial turístico do evento já está bem explorado?

Márcia Pinchemel - É difícil dizer que está bem explorado, porque este é um evento que tende a crescer e ter o potencial turístico aumentado a cada ano, com a inclusão de novos parceiros, novas programações e cada vez mais pessoas interessadas em participar, basta ver a rapidez com que a fama do Festival se espalhou, em apenas um ano de existência!

NT. O que representa para o setor gastronômico brasileiro?

Márcia Pinchemel - Representa uma grande oportunidade de divulgar o potencial gastronômico brasileiro, explorando os ingredientes do cerrado, incorporando novos sabores no contemporâneo, francês, italiano, espanhol, sem perder a originalidade de nossos pratos e sabor de nossas tradições, além de ser um grande laboratório de pesquisa, e chamar atenção para o Centro- Oeste gastronômico, valorizando os chefs de Goiânia e Brasília. É CHIC!

NT. O festival depende do governo ou tem autonomia? No caso de mudança política ele tem condições de ser produzido?

Márcia Pinchemel -Graças ao nosso Governador Marconi Perillo e a primeira dama Valéria Perilo, este Festival acontece com todo o brilho.
Como é muito novo, ainda temos dificuldade do apoio privado, mas tenho certeza para a terceira edição ficará muito mais fácil.
Não tenho medo da mudança até porque o cidadão Marconi Perillo garantiu que nunca deixará de apoiar. EU ACREDITO NELE.

NT. Você tem fome de quê?

Márcia Pinchemel - De ver Pirenópolis a capital goiana da gastronomia.

NT. De que forma a gastronomia rima com apetite de criatividade e eventos culturais?

Márcia Pinchemel - O Charme do Festival é juntar eventos culturais respeitando as estrelas maiores do evento. Os CHEFS.
E estes numa competição saudável, produzem maravilhas.

NT. Quem são as estrelas da segunda edição?

Márcia Pinchemel - Todos são maravilhosos. Chefs que vêem sem cachê para consolidar o sucesso e estão fazendo Pirenópolis gastronômica ir além dos oceanos com toda mídia de tv aberta, sites gastronômicos, jornais eletrônicos (como o seu que corre mundo). São eles os grandes “puxadores” de turistas.

NT. O que vale a pena provar?

Márcia Pinchemel - A ousadia. É acreditar e ir. Se juntar a pessoas que colocam o coração na frente e ajudam a realizar e tem muita gente comigo nesta viagem. Primeiro é como fazer melhor antes de pensar em algum retorno financeiro.

NT. Algum recado para as agências de viagem?

Márcia Pinchemel - Que pena que elas demoram muito pra cair a ficha.

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