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"A partilha do sensível" |
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Livro de Jacques Rancière Tradução de Monica Costa Netto co-edição Exo.experimental.org / Editora 34 72 p. Jacques Rancière é um pensador que tem se destacado, nos últimos anos, por sua reflexão lúcida, sistemática, sobre as relações entre estética e política na sociedade contemporânea. A partilha do sensível, publicado na França em 2000 e agora lançado no Brasil em co-edição da Exo.experimental.org e da Editora 34, é seguramente a melhor introdução ao pensamento do autor. Em cinco breves capítulos, Rancière explicita conceitos-chave de seu pensamento como o vínculo indissolúvel entre arte e política — que tem por base o modo como as operações do fazer são partilhadas pelos membros de uma comunidade; a pouca eficácia dos conceitos de modernidade, vanguarda e pós-modernidade para iluminar esse vínculo no presente; as relações entre espaço e anonimato no século XX; entre ficção e história; entre arte e trabalho. No conjunto, trata-se de pensar uma nova maneira de fazer e dizer o visível, que conecte a operação estética diretamente ao tecido da política e, por essa via, também às outras esferas da experiência humana. Situando-se simultaneamente aquém e além das discussões habituais, Rancière relê Platão, Aristóteles, diverge de Benjamin e intervém para deslocar o debate e procurar compreender de que modo os procedimentos artísticos podem reconfigurar as formas da experiência política contemporânea.
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