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Primeira geração de médicos pobres | |
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Seguem estudando na Escola Latino-americana de Medicina 12.000 alunos, dos quais 5.500 são da América do Sul, 3.244 da América Central, 1.039 do Caribe, 489 do México e dos Estados Unidos, 42 da África e do Oriente Médio, 61 da Ásia, 2 da Europa. 64 são de povos indígenas da América Latina.
Esse exemplo extraordinário de solidariedade permite que se forme a primeira geração de médicos pobres, que trabalharão na saúde pública dos seus países, não buscarão lucros abrindo consultórios para tender a clientela rica – que já dispõe de suficientes médicos particulares e convênios particulares de saúde à sua disposição. O projeto passou a fazer parte da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), um projeto de integração baseado na solidariedade e na generosidade, como um exemplo vivo do humanismo contemporâneo. O Brasil se beneficia desse projeto e os médicos formados na Escola Latino-americana de Medicina tem que ser recebidos e inseridos na nossa sociedade – tão carente de melhoria do atendimento de saúde da grande maioria -, para estar minimamente à altura dos gestos generosos que nos propiciam ter essa primeira geração brasileira de médicos pobres, voltados para a atenção aos pobres.
Emir Sader, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de “A vingança da História". 24 de agosto de 2005 |
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