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Crônica da Alma 1: no banheiro | |
Alice Galvão |
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Manhã nublada de céu rajado, cor de tormento. Sofreu sentado no vaso sanitário. Sorriu para as tulipas do azulejo. Com a toalha nos cabelos, no espelho embaçado se distorceu. Arrastou as bolinhas no chão. “Todas para o canto!” Foi para o outro. Sentiu sufoco, suou. Torceu a toalha, abanou. Torcia o nariz. Em fila, elas subiram pela parede. A visão distorceu. Girou, caiu, gritou, engoliu. |
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