A presa em ouro |
|
|
|
por Max Miranda |
|
Impacto nas asas. Vôo seguro ao fundo do estômago. Desejo. A ave estava com fome. Comida nobre queria; voava sem dores. Apenas fome. Fome! Seu dia resumira num ato de apreender outro bicho para devorar. Apresamento e sobrevivência. Viu!
A comida: uma minhoca! O rio de ouro corria por lá. Deixou o ser rastejante da terra de molho nas borbulhas douradas. Comeria? Passou levemente o bico sob o rio, apanhou a pesca, a sacudiu com ares minuciosos de elegância, de quem se alimentava vorazmente de beleza. Jogou a isca para o alto e a esperou cair lentamente em seu pescoço de penas. A minhoca tornara uma jóia instalada; a ave bateu asas como uma rainha dos céus. Fome?
www.fotolog.net/maxmiranda |
......................................................................................................... |
|
|
Nádia Timm Web Site . Todos os Direitos Reservados - 2005 |
|
|