literatura e artes visuais

“O rouxinol e o imperador” conta a história do imperador chinês que descobriu que havia em seu reino um rouxinol capaz de curá-lo da melancolia com suas canções.

Ordenou, então, aos súditos que o encontrassem. O rouxinol foi trazido ao palácio e durante muito tempo encantou a todos com sua melodia, até que, certo dia, foi trocado por um pássaro mecânico.

O restante dessa linda história é aqui narrado por meio de imagens exuberantes, possibilitando ao pré-leitor e ao leitor de todas as idades inúmeras outras leituras.

“Esse é um Livro de Imagem que ousa contar uma história já conhecida do leitor há mais de cem anos”, explica a editora Renata Borges. Segundo ela, a artista plástica narra, sem a ajuda das palavras, a sua leitura do conto de Andersen.

Interpreta o texto, constrói cenas, cria figurinos, busca seu tom entre personagens e sonhos antigos, e mesmo assim atuais, para a humanidade. Busca seu modo de olhar para as relações constituídas entre o mundo e os homens, busca sua inscrição na memória dos leitores.

Ao fazer esse livro, Taisa não se furta da aproximação com o objeto que inspirou o conto. Sua leitura é enriquecida tanto pela leitura dos textos de Andersen quanto pelos desenhos do próprio, pequenas ilustrações e sombras que ela reconstrói em seu livro.

No diálogo com o poeta que a antecede, ela faz uma bela homenagem a Andersen, o contador de histórias que completou, em 2005, seu segundo centenário de nascimento.

São 26 lâminas de imagens coloridas que fazem do livro uma bela opção para os leitores de todas as idades, e em especial, para os que não dominam o código escrito, que podem construir oralmente a sua própria narrativa em consonância com as imagens para então fazer a relação com o conto de fadas.

 

Sobre Hans Christian Andersen

O autor das mais fantásticas histórias para leitores de todas as idades nasceu em Odense, na Dinamarca, no dia 2 de abril de 1805. Desde muito pequeno, enquanto brincava com o teatro de marionetes construído por seu pai, dedicava-se à declamação, à improvisação e à exibição pública. Mas, para seu reconhecimento como artista, ele precisaria ultrapassar os muros da pequena cidade onde nascera.

Andersen mudou-se para Copenhague aos catorze anos, a fim de estudar dança, música e representação em companhias teatrais de grande expressão. O fracasso da empreitada teatral deixou-o na mais completa pobreza até o aparecimento de um mecenas, o diretor de teatro Jonas Collin, responsável por uma bolsa de viagens e de estudos, com grande importância para a carreira do artista.

Seus primeiros textos conhecidos do público datam de 1829, sendo ainda um pouco imaturos e de grande apelo biográfico. Somente em 1835, surgem os primeiros Cadernos de contos para crianças, com o tom literário que marca o nome de Andersen como o portador de uma das maiores vozes narrativas da literatura para crianças e jovens.

O interesse do autor pela estrutura dos textos dramáticos e também pela representatividade dos fantoches e do teatro de sombras chinesas serviu de matéria-prima para a criação dos contos, tão ricos no detalhamento das personagens que proporcionaram o reconhecimento mundial do autor.

Temas de caráter universais são recorrentes nas histórias de Hans Christian Andersen, como: o confronto entre a razão e o sentimento, personagens divididas entre os dois lados sem que o narrador se decida por nenhum deles; a morte, presente na maioria dos textos, dando fim a uma existência miserável, e a religião, com a presença de Deus como força onipotente comandando o destino dos seres, entre outros.

A diferença entre ele e seus precursores reside na colocação dos contos de fadas dentro de um contexto histórico. Personagens anteriormente criadas eram arquétipos, crianças e jovens sem tempo ou lugar definidos, nos quais a carência era pouco descrita, como se fosse um mito a mais na narrativa, e cujo final caminhava sempre para a felicidade extremada.

Os personagens de Andersen moram em um mundo real, convivem com a poesia das coisas vivas e naturais. Morrem de fome e frio na noite do Ano Novo, tal como a “menina dos fósforos”, metaforizam as transformações pessoais daqueles que se sentem acolhidos por seus iguais, tal como o “Patinho feio”, decidindo pela memória da humanidade, com todos os seus pesares e alegrias.

 

Quem é a artista gráfica

Taisa Borges é artista plástica com formação na Beuax Artes, de Paris. Estudou também no Studio Berçot, escola de pesquisa e criação em estilismo.

No Brasil, integrou a Cooperativa de Moda dos anos 90. Ilustrou para a Folha de São Paulo (Caderno Ilustrada e Revista da Folha), Vogue, entre outros. Nessa época, começou a se dedicar a desenhos de estampas de tecidos, coordenou uma empresa de estamparia para exportação de produtos para cama e mesa, a Motivos Brasileiros.

Há algum tempo é responsável pela “cara” da Peirópolis, editora que agora a lança como autora com o livro de imagens O rouxinol e o imperador, adaptação do conto de Andersen de mesmo nome, em homenagem ao bicentenário do autor.

 

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