Na corda bamba

do amor e do terrorismo

 

Uma história de amor, traição, vingança e terrorismo que vai da Europa dos anos 40 à Los Angeles do fim do século XX. Shalimar, o equilibrista narra a paixão súbita de um embaixador americano por uma dançarina indiana e a destruição de um “paraíso terrestre”, a região indiana da Caxemira. O escritor anglo-indiano Salman Rushdie escolheu Parati para lançar mundialmente seu novo livro, um romance que arrebata o leitor da primeira à última linha.

Em palestra FLIP 2005, o autor falou também de suas outras obras, como Os versos satânicos, O chão que ela pisa, Midnight children e Fúria. Rushdie descreveu seu processo de composição e relacionou as suas motivações literárias à situação geopolítica mundial:

“Vivemos um mundo em que não há fronteiras entre as várias culturas e diferentes realidades. Fragmentos de histórias que acontecem em diversos lugares estão relacionados. A decisão de um governante que nem sabemos o nome, em algum lugar no mundo, pode afetar diretamente nosso cotidiano. De certa forma, a história de Nova York é também a história da Al Qaeda.”

O autor fez críticas ao governo Blair e a uma lei que pretende proibir a incitação ao ódio religioso. “Acho importante poder odiar a religião”, disse Rushdie. Segundo ele, escrever Shalimar foi um processo de enorme carga emocional. “Cheguei a chorar enquanto escrevia o livro. É um livro sobre como a vida e os fatos exteriores à nossa vontade podem determinar nosso destino”, contou. “Uma bomba que explode em Londres ou um avião que atinge um prédio em Nova York não levam em conta se você é uma pessoa de caráter ou imoral.”

Por meio da história de quatro personagens, Shalimar, Boonyi, o embaixador americano Max Ophuls e sua filha Índia, Rushdie empreende uma narrativa sobre a perda da inocência e a conversão da ingenuidade em raiva e sentimento de vingança.

“A Caxemira que descrevo pode ser vista como um microcosmo do que está acontecendo em toda a parte. É um lugar que visitei com freqüência durante a infância e que foi destruído pelas armas e pelas bombas”. A região da Caxemira fica na fronteira da Índia e do Paquistão e é motivo de disputa territorial entre os dois países desde o fim da Segunda Guerra. Em anos recentes, tornou-se lugar de treinamento e refúgio de terroristas islâmicos.

Bem humorado, disse que Shalimar, o equilibrista é um livro que expressa o momento crítico em que vivemos, mas que “tem bastante sexo” e “pode ser lido na banheira”, arrancando risos do público.

Ao comentar o período em que foi obrigado a se isolar por conta da sentença de morte proferida pelo aiatolá Khomeini, disse que se viciou em videogame: “Fiquei craque no Super Mario”. Disse que da primeira vez em que esteve no Brasil foi ao Maracanã e se sentiu aliviado de descobrir que o nosso futebol também pode ser entediante. “Temos a impressão que o futebol brasileiro é sempre poético, mas vi que ele pode ser bastante prosaico”.

A platéia quis saber por que ele decidiu lançar seu novo livro primeiro em português. Rushdie foi enfático: “Porque vir ao Brasil é ótimo”.

 

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