OSCAR NIEMEYER |
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TRECHOS DE DEPOIMENTOS PERSONALIDADES Ferreira Gullar, poeta, sobre Le Corbusier e o prédio da ONU
Eduardo Galeano, escritor uruguaio, autor de As Veias Abertas da América Latina, sobre a arquitetura de Oscar Niemeyer Contra o ângulo reto, que ofende o espaço, ele tem feito uma arquitetura leve como as nuvens, livre, sensual, que é muito parecida com a paisagem das montanhas do Rio de Janeiro, são montanhas que parecem corpos de mulheres deitadas, desenhadas por Deus no dia em que Deus achou que era Niemeyer.
José Saramago, escritor português, sobre as convicções políticas de Oscar Não felicíto o Oscar por não ter renunciado. Não lhe agradeço porque simplesmente é uma expressão de sua própria humanidade. Eu creio que é uma pessoa que está em paz consigo mesmo. E estar em paz consigo mesmo não é fácil. Porque vivemos num mundo de contradições, de tensões. No fundo vivemos num temporal. E manter o rumo no meio deste temporal, com ventos que sopram de todos os lados, isso o Oscar conseguiu.
Ítalo Campofiorito, arquiteto, sobre a arquitetura de Oscar O Cristo Redentor é o Rio, mas não é uma obra-prima de escultura, mas o Oscar consegue fazer uma obra-prima que tem, que adquire, que adere à ela essa força emblemática que tem certas formas. De modo que você identifica a cidade, o país, a alma, o momento, a história com a forma dele. E eu digo o seguinte: quando a novela da Globo, é um capítulo que passa no Rio, é o Cristo, quando é pra mostrar que agora o capítulo é em São Paulo, o helicóptero sobrevoa o COPAN. É o Oscar que tem essa capacidade filha da puta de criar uma forma, e aquela forma se transforma em emblema do lugar.
Chico Buarque, compositor, sobre o seu desejo de ser arquiteto Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguases, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquele casarão do Oscar, achei pouco. Decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando a minha música sai boa penso que parece música de Tom Jobim.
Eric Hobsbawn, historiador inglês, sobre a importância da “geração de 30” no Brasil Acho que Niemeyer pertence a uma geração extramamente importante no Brasil. Que até certo ponto reconstruiu tanto em sua própria mente, quanto em benefício público a idéia do que o Brasil poderia ser, o novo Brasil. Esta geração que é extraodinariamente interessante, teve grandes influências na literatura, na não-ficção e na criação de uma imagem na história do Brasil. Que também começa a ter influência na música e na arquitetura. Todas essas coisas se interligavam. Tom Jobim, por exemplo, começou como arquiteto e desistiu para se tornar músico. De certa forma, a imagem que as pessoas fazem do que seu novo país poderia ser, o Brasil do futuro, é a imagem criada pela geração da década de 30.
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